Identificar condições de saúde e de vida relacionadas com a perda de funcionalidade da pessoa idosa contribui na construção de políticas públicas e intervenções que as auxilie a viverem com mais autonomia e independência. Na realidade da Atenção Primária à Saúde (APS), a identificação de idosos frágeis ou em risco de fragilização necessita ser simples e rápida. O propósito deste estudo foi identificar a vulnerabilidade clínico-funcional de idosos usuários da APS. Tratou-se de um estudo quantitativo e transversal, realizado por meio da aplicação do questionário Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional -20 (IVCF-20), que avalia oito domínios preditoras de declínio funcional e óbito em idosos: idade, autopercepção da saúde, atividade de vida diária (AVD), cognição, humor/comportamento, mobilidade, comunicação e presença de comorbidades múltiplas. Participaram 67 idosos com idade média de 69,1 (± 6,9) anos. Desses, 47 (70,0%) eram do sexo feminino, 43 (64,1%) eram aposentados, 41 (61,1%) apresentavam ensino fundamental incompleto, 42 (62,6%) manifestaram alguma limitação física e 42 (62,6%) eram sedentários. Todos mostraram ter alteração em pelo menos um dos oito domínios avaliados pelo IVCF-20, especialmente mobilidade (n=67; 100%), cognição (n=54; 80,5%) e humor (n=40; 59,7%). Finalmente, 23 idosos (34,3%) foram classificados como robustos, 30 (44,7%) como em risco de fragilização e 14 (20,8%) como frágeis. A maioria dos idosos avaliados estava em risco de fragilização ou era frágil. O IVCF-20 demonstrou ser um instrumento de simples e rápida aplicação na APS para contribuir com a identificação, acompanhamento e manejo de idosos em risco de vulnerabilidade clínico-funcional.
Na atenção primária à saúde (APS), a identificação correta de idosos frágeis ou em risco de fragilização necessita ser simples e rápida. Este estudo se debruçou em avaliar a vulnerabilidade clínico-funcional a partir do questionário IVCF-20 em idosos usuários da APS de Campo Grande/MS. Tratou-se de um estudo transversal e quantitativo, realizado no período de março a julho de 2021 em duas Unidades Básicas de Saúde da Família. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFMS, por meio do parecer n˚4.211.316. Participaram deste estudo 103 idosos com idade média de 69 anos (±07,44), a maioria (n=70; 67,93%) do sexo feminino. Os principais domínios alterados no ICVF-20 foram mobilidade (n=75; 72,81%), humor (n=52; 50,48%) e comunicação (n=47; 45,63%). A partir da interpretação final do questionário, 30 (29,12%) idosos foram classificados como robustos, 43 (41,74%) como em risco de fragilização e 30 (29,12%) como idosos frágeis. A maioria idosos avaliados neste estudo apresentava risco de fragilização ou era frágil. O IVCF-20 demonstrou ser de fácil e rápida aplicação, com grande potencial para utilização nas consultas farmacêuticas na APS.
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