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Define-se leucoplasia como a lesão cancerizável mais frequente na mucosa bucal. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento epidemiológico das leucoplasias bucais registradas no Serviço de Diagnóstico Histopatológico da Universidade de Passo Fundo (SDH/UPF) e Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, entre 1991 e 2015, aplicando a tais casos o método de impregnação tecidual por prata (Ag-NOR) a fim de verificar sua atividade proliferativa celular. O trabalho foi aprovado pelo CEP/UPF (172/2011) e consiste num estudo epidemiológico-histoquímico transversal. Cortes histológicos de tais casos foram impregnados pela prata (método Ag-NOR). As lâminas foram fotografadas em imersão, tendo sido capturadas microfotografias de 100 células de cada caso. Os resultados foram comparados levando em consideração as diferentes características clínicas dos casos de leucoplasia. Até o momento, foram levantados 108 casos. A faixa etária prevalente foi de 61 a 80 anos (44 casos- 40,74%), 58 pacientes eram homens (53,7%) e os pacientes brancos predominaram (82 casos-75,93%). Quanto aos hábitos deletérios, o fumo foi relatado em 31 casos (27,92%). Ao se comparar o número médio de NORs de leucoplasia com diferentes características clínicas, notou-se não haver relação significativa (p > 0,05). Esse estudo revelou que a leucoplasia acomete principalmente homens acima dos 60 anos, brancos e tabagistas. Nos 108 casos estudados notou-se que a atividade proliferativa das lesões não está relacionada às suas características clínicas.