A arborização urbana oferece vários benefícios para a população, como melhoria microclimática, melhoria na qualidade de vida dos habitantes, permite ainda interação ecológica e conservação das características florística local. O município de Buriticupu – MA localizado na região da Amazônia Legal vem sofrendo ao longo dos últimos anos perda da sua diversidade vegetal urbana. Assim, conhecer a real situação da arborização urbana é de fundamental importância, pois apresenta subsídio para o planejamento e gerenciamento das áreas urbanas. Neste sentido, foi realizado um inventário quali-quantitativo usando o método de censo da arborização de vias públicas de Buriticupu-MA. Os dados foram obtidos considerando aspectos taxonômicos, ecológicos e fitossanidade. Foram catalogados 544 indivíduos distribuídos em 23 famílias e 33 espécies. As famílias mais frequentes foram a Fabaceae e Arecaceae. Das espécies registradas, 51,51% são nativas do Brasil e 48,49% exóticas. As espécies Licania tomentosa L. e Ficus benjamina L. apresentaram maior frequência. Espera-se que os resultados auxiliem no planejamento e manejo da arborização de Buriticupu-MA.
O uso de plantas como medicamentos tradicionais fornece um substituto real nos serviços de saúde para as comunidades rurais. O estudo de plantas medicinais revela espécies de plantas localmente importantes, muitas vezes úteis para a descoberta de novas drogas. O objetivo deste estudo foi conhecer o uso de plantas medicinais em Santa Luzia, Estado do Maranhão, Brasil, e avaliar os padrões sociais e econômicos em relação ao uso da fitoterapia. Os dados etnobotânicos foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, nas quais participaram 53 moradores (15 homens e 38 mulheres) selecionados aleatoriamente. Um total de 123 espécies de plantas medicinais foram registradas juntamente com seus usos medicinais. Entre as famílias mais citadas, a família Fabaceae apresentou 14 espécies medicinais, seguida por Apiaceae com 7 espécies. As folhas são as partes das plantas usadas com mais frequência e a decocção, o método de preparo. Entre os principais distúrbios tratados com plantas medicinais, as doenças infecciosas e parasitárias e as doenças digestivas foram as mais citadas. Os resultados das correlações entre o número de pessoas por domicílio e a idade dos entrevistados foram positivamente relacionados ao número de plantas citadas. O estudo revelou que a área abriga uma diversidade de plantas medicinais e conhecimento associado. As comunidades locais dependem de plantas medicinais para satisfazer suas necessidades básicas de saúde.
O uso das plantas para fins terapêuticos é uma prática tradicional muito difundida em diversas populações, com especificidades de cada região. Tal prática está presente desde os primórdios das civilizações, sendo o seu conhecimento repassado durante as gerações. Esta pesquisa teve como objetivo fazer um levantamento sobre plantas medicinais utilizadas pelos moradores da área urbana do município de Buriticupu-MA. Foram entrevistados 110 pessoas por meio de questionários semi-estruturados. Foram levantadas 82 espécies medicinais distribuídas em 43 famílias botânicas. As famílias Lamiaceae e Fabaceae foram as mais citadas e as espécies Hortelã (M. crispa), Capim-Santo (C. citratus), Erva-Cidreira, (H. atrorubens), Malva-do-Reino (M. sylvestris) e Folha Santa (K. pinnata) apresentaram maior número de citações, sendo que M. arvensis (vique) foi a única que obteve FRIPS com 100%. As folhas (63%) foram a parte botânica mais usada nos preparos caseiros realizados predominantemente por decocção. Dentre as principais afecções tratadas por meio das plantas medicinais, as mais prevalentes foram infecciosas e parasitárias (30%), as doenças do sistema digestivo (15%) e sistema reprodutor feminino (15%). Os resultados das correlações entre o número de filhos e a idade estão positivamente ligados ao número de plantas citadas pelos informantes, enquanto que o número de plantas citadas é influenciado negativamente pela idade (p < 0,05). Este estudo confirma que os moradores da região urbana do município utilizam com frequência plantas medicinais como forma de tratamento para suas doenças mais comuns.
Introdução: A Leishmaniose Visceral é uma enfermidade com ampla distribuição pelo Brasil e pode afetar tanto animais como humanos. As diversas ações antrópicas vêm contribuindo para sua disseminação, o que configura a temática como sendo de grande relevância para a saúde pública. Objetivos: O presente estudo foi desenvolvido em uma área endêmica no estado do Maranhão com o objetivo de avaliar o nível de conhecimento da população entrevistada sobre a Leishmaniose Visceral e conhecer quais são as medidas profiláticas adotadas. Material e Método: Foram aplicados questionários a 106 moradores da área urbana com idade variando entre 18 a 76 anos. Resultados: Os resultados demonstraram que o nível de conhecimento da população sobre essa zoonose é precário, pois a maioria desconhece os sintomas e formas de transmissão da doença. Conclusão: Fica evidente a necessidade do desenvolvimento de ações públicas educativas para prevenção e controle da leishmaniose, tal como a divulgação de informações por meio de palestras, por exemplo, para reduzir os índices de notificação no município e elevar o conhecimento da população.Descritores: Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde; Prevenção de Doenças; Leishmaniose Visceral.ReferênciasCortes S, Vaz Y, Neves R, Maia C, Cardoso L, Campino L. Risk factors for canine leishmaniasis in an endemic Mediterranean region. Vet Parasitol. 2012;189(2-4):189-96.Brito JA, Santos RA, Mendonça BC, Ribeiro RR. Avaliação do conhecimento sobre a leishmaniose visceral antes e depois de intervenção educacional em proprietários de cães da cidade de Cruz das Almas, Recôncavo da Bahia. Rev Ciênc Ext. 2015;11(2):104-14.Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. 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RESUMO Lagoas são características comuns em diferentes paisagens que contribuem com a biodiversidade regional da água doce. A conservação e preservação desses ecossistemas é de fundamental importância para a manutenção dos hábitats das espécies. O presente estudo teve como objetivo avaliar a qualidade ambiental de lagoas naturais e artificiais do município de Buriticupu, Maranhão, através do uso de protocolo de diversidade de habitats. Ao todo, foram avaliadas 29 lagoas entre naturais e artificiais. Verificou-se na aplicação do protocolo alterações de origem antrópicas em 82,8% das lagoas amostradas (24 lagoas), variando entre moderadas (11 lagoas) a severas (13 lagoas). Nota-se que a qualidade ecológica das lagoas está fortemente afetada por atividades de pastagens, agroflorestas, agricultura, pesca e residências. O protocolo utilizado demonstrou ser uma boa ferramenta de monitoramento, capaz de identificar os impactos causados na água regional. PALAVRAS-CHAVE: Monitoramento; Qualidade da água; Sistemas lênticos.
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