No Brasil, e no Paraná, o direito de utilização dos recursos hídricos é concedido por meio de outorgas de direito de uso. Considerando a crescente demanda pelo uso das águas subterrâneas, esse trabalho adotou como material de pesquisa os documentos de outorgas concedidas para captações em poços no estado do Paraná. Com o emprego dos bancos de dados do Instituto Água e Terra do Paraná, e realizando a modelagem de dados com a ferramenta de Business Intelligence, gerou-se um relatório interativo detalhado sobre a situação das outorgas vigentes de poços no Estado do Paraná e seus municípios até fevereiro de 2022. Com o sistema criado, tornou-se possível a rápida análise da situação de cada município e do estado como um todo, facilitando a tomada de decisão e adoção de novas medidas públicas para a melhor gestão do recurso. Demostrando a sua aplicabilidade, avaliou-se a situação geral do estado. Neste, os poços outorgados no estado captavam um total de 617,90 milhões de m³ano-1, sendo o Saneamento a principal finalidade dessas captações. Houve, em 2018, um crescimento no volume total outorgado no estado, tendo seu ápice em 2019. Em relação ao número de outorgas emitidas, o uso para fins agropecuários é o principal solicitante desde 2004. Comparando-se todos os municípios do estado, o município de Cascavel teve a maior demanda de água subterrânea (24,97 Mi m³ano-1), com os novos poços apresentando uma tendência de níveis estáticos cada vez mais profundos. Assim, a aplicação dos sistemas de Business Intelligence demonstrou a sua versatilidade para análises de dados qualitativos, quantitativos e espaciais, tornando-se um recurso de grande valia para a gestão das águas.
À medida em que os problemas devido à urbanização se tornaram mais complexos, diversos estudos também surgiram para compreender como solucioná-los. Atualmente, compreende-se que uma urbanização de baixo impacto pode gerar uma situação mais favorável para a ocupação humana. Com esta situação e buscando corroborar com estudos envolvendo problemas de inundação e uso e ocupação do solo, este trabalho analisa as sub-bacias urbanas do Córrego Mandacaru e do Ribeirão Maringá. Estas sub-bacias apresentam ocupações distintas e, portanto, permitem uma análise comparativa. Por meio da modelagem hidrológica cenários de chuva futura foram modelados e com os resultados observou-se que a sub-bacia do Córrego Mandacaru pode apresentar, em eventos de alta frequência, uma vazão por área maior que 26 % ao ser comparada com a sub-bacia do Ribeirão Maringá. Além disso, constatou-se que a menor ocupação urbana pode gerar efeitos mais tênues no aumento das vazões dos rios e, por conseguinte, diminuir os riscos de inundação.
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