Os afloramentos rochosos são ecossistemas isolados inseridos na paisagem circundante. Refúgios para espécies endêmicas, geograficamente disjuntas e ameaçadas, são também fontes de descoberta de novas espécies. Ocorrendo especialmente em climas áridos, são explorados desordenadamente e, particularmente no Brasil, são pouco estudados. Dessa forma, os objetivos desta revisão são (1) diagnosticar o atual estado do conhecimento acerca da flora vascular e avascular presente em afloramentos rochosos, (2) comparar o número de estudos publicados sobre esse ecossistema antes e depois da publicação de Scarano ( 2007), e (3) descrever como esses estudos estão distribuídos no Brasil levando em consideração o domínio fitogeográfico no qual o afloramento está inserido. Os estudos publicados foram obtidos nas bases de dados do Portal de Periódicos da CAPES/MEC, Scielo e Google Acadêmico, além de pesquisa a partir das citações dos artigos selecionados. Todos os artigos envolvendo afloramentos rochosos, independente do grupo vegetal estudado e de sua composição mineral, foram selecionados. As publicações foram agrupadas em dois períodos de tempo, 1980-2007 (P 1 ) e 2008-abril/2016 (P 2 ). Ao longo dos anos, os estudos sobre a vegetação em afloramentos rochosos vêm ganhando considerável atenção: para P 1 foram publicados em média 1,4 artigos/ano, enquanto para P 2 , 4,8 artigos/ano. Apesar disso, essas pesquisas estão concentradas, principalmente, na Florística, importante linha de pesquisa por subsidiar estudos sobre conservação e ecologia. Essas publicações contemplam, especialmente, afloramentos situados na Mata Atlântica para P 1 , ao passo em que, em P 2 , estão direcionadas principalmente à Caatinga, provavelmente por ser o domínio fitogeográfico com maior abundância de afloramentos rochosos. Em relação ao grupo vegetal, fanerógamas é o mais estudado, seguido por briófitas, samambaias e licófitas. Ainda assim, no atual cenário o conhecimento sobre a flora desses ecossistemas pode ser considerado incipiente, especialmente, no que concerne à conservação. Palavras-chave: cangas; conservação; flora; inselbergues; rupícola. ABSTRACT -A VEGETATION OVERVIEW ON ROCKY OUTCROPS IN BRAZILRocky outcrops are isolated ecosystems inserted on a different surrounding landscape. They are refuges for endemic, geographic isolated and threatened species, and are also sources of new species. Occurring especially in arid climate, they are exploited in a disorderly manner and have been poorly studied in Brazil. Thus, the objectives of this review are (1) to diagnose the current level of knowledge about vascular and avascular flora in rocky outcrops, (2) to compare the number of studies published on this ecosystem before and after Scarano (2007)'s publication, and (3) to describe how these studies are distributed in Brazil according to the phytogeographic domains. Published studies were obtained from Portal de Periódicos CAPES/MEC, Scielo, and Academic Google databases, as well as from the search for citations in the selected articles. All articles i...
Este trabalho caracterizou a composição fl orística de um inselbergue no município de Puxinanã, estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. Foram registradas 97 espécies distribuídas em 35 famílias. Asteraceae (12 spp.), Euphorbiaceae e Fabaceae (nove spp. cada), Rubiaceae e Convolvulaceae (oito spp. cada) foram as cinco famílias melhor representadas em número de espécies, englobando 47,42% do total das registradas. O hábito herbáceo foi o predominante estando presente em 39% das espécies. Em seguida, sobressaíram-se as espécies arbustivas (22%), trepadeiras (20%), e com um número menor de representantes os hábitos rupícola (6%), subarbustivo (5%), arbóreo (4%) e epífi to (1%). Passifl ora luetzelburgii Harms (Passifl oraceae), constitui nova referência para a fl ora do estado. Os dados obtidos fornecem subsídios para implementação de possíveis ações conservacionistas e o uso racional da área estudada e para a fl ora e vegetação da Caatinga.
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