O presente artigo analisa aspectos da linguagem estética enquanto dano político, mediante a concepção de política e estética presentes na obra do filósofo francês Jacques Rancière. Primeiramente, utilizando o tipo de investigação jurídico-interpretativo, o conceito de política de Jacques Rancière é analisado, compreendido como forma de ruptura da distribuição hierárquica de corpos e funções na configuração do sensível. Posteriormente, é examinada a relação entre o referido conceito de política, o dano que lhe é próprio e a linguagem estética, como sendo o instrumento que se manifesta em crítica e resistência capaz de romper com a ordem pré-estabelecida. Por fim, são mencionados alguns exemplos da linguagem estética enquanto dano político.
O presente trabalho busca tecer considerações sobre os efeitos do processo de globalização e a introdução do elemento mobilidade na determinação das relações sociais contemporâneas, no que se refere à percepção de uma tendência de morte das experiências de alteridade e sua relação com a viabilidade da teoria da razão comunicativa para fundamentação do direito. A partir de uma abordagem do deslocamento do pensamento da modernidade sugerido por Habermas de uma razão focada no sujeito para uma racionalidade comunicacional, são feitas reflexões sobre como a morte da alteridade nas vivências sociais impõem desafios ao projeto habermasiano de crença na razão comunicativa como possibilidade de instauração de consensos e conhecimentos comuns, capazes de justificar e legitimar os processos de normalização social, entre eles o direito.
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