Introdução: A Terapia Espelho (TE) foi originalmente desenvolvida na década de 90, pelo neurocientista indiano Ramachandran. A técnica utiliza um espelho posicionado no plano médio sagital, entre o membro afetado e o membro saudável, fornecendo feedback visual do membro saudável e gerando a sensação de dois membros móveis, como se o membro afetado estivesse realizando movimentos saudáveis no hemicampo negligenciado. Isso resulta na excitabilidade corticoespinhal e das áreas somatossensoriais, contribuindo para a recuperação motora. Objetivo: Identificar a aplicabilidade e os efeitos da Terapia Espelho como recurso da reabilitação neurológica. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão de literatura, onde as bases de dados utilizadas foram Pedro, SciELO, PubMed e Lilacs, no período de Setembro de 2017 a Outubro de 2018. Utilizou-se como estratégia de pesquisa, nas bases de dados, a combinação dos descritores de acordo com o idioma. Além disso, foi realizada a busca manual na lista de referências dos artigos apresentados. Os estudos foram submetidos a uma avaliação da qualidade metodológica, utilizando-se a escala PeDro. Resultados: Foram encontrados 62 artigos, porém apenas 9 foram analisados. Eram compostos por amostras de indivíduos com diagnóstico de dor fantasma por amputação, Paralisia Cerebral (PC), lesão traumática cerebral ou Acidente Vascular Cerebral (AVC) em suas fases aguda, subaguda e crônica. Os instrumentos de avaliação variaram entre os estudos, assim como o modo de execução, a frequência e a duração do tratamento. Conclusão: A TE é benéfica para a recuperação motora de membros superiores e inferiores, função sensório-motora e para a diminuição da dor. Porém, a literatura voltada para o modo de execução da TE é muito escassa e existem muitas controvérsias em relação ao protocolo utilizado, tornando-se necessária a realização de novos estudos com maior número amostral, de modo que possam obter resultados mais significativos e amplos.
Introdução: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é considerado uma das principais causas de comprometimento neurológico no âmbito global. A recuperação da função motora após o AVE é considerada desafiadora, devido à gravidade do comprometimento e a redução ou ausência da capacidade de movimento voluntário do paciente. Assim, de acordo com os avanços tecnológicos, vêm surgindo novos recursos sendo considerados aliados à reabilitação de pacientes com AVE, como a Realidade Virtual (RV). Objetivo: O presente estudo visa verificar na literatura, os efeitos da inserção da realidade virtual no desempenho motor do MS de adultos após AVE. Métodos: Trata-se de um estudo de caráter qualitativo de revisão integrativa da literatura. Com o propósito de desenvolver a questão norteadora desta revisão, aplicaram-se os domínios da estratégia PICo, resultando na questão: “Quais são os efeitos da realidade virtual na função motora em adultos após AVE?” Realizou-se um levantamento bibliográfico em fevereiro de 2022 nas bases de dados: Embase via Cochrane Library, IBECS, LILACS via BVS e MEDLINE via PubMed. As estratégias de busca foram formuladas a partir dos descritores mencionados em português e inglês, interligadas pelos operadores booleanos “AND” e “OR”. Resultados e Discussão: Conforme a utilização das estratégias de busca indexadas nas bases de dados, foram inicialmente identificados 142 estudos científicos. Após a aplicação dos critérios de elegibilidade e exclusão, foram excluídos 107 estudos, restando 35 artigos selecionados com base no título, destes, 20 foram excluídos após leitura criteriosa dos resumos, e 15 estudos foram lidos na íntegra. Destes, somente oito atenderam ao objetivo proposto para compor a revisão. A RV é considerada um recurso lúdico e dinâmico, de baixo custo e seguro que promove mecanismos psicológicos e efeitos fisiológicos que proporcionam avanços na recuperação motora dos pacientes após o AVE. Conclusão: A partir da análise criteriosa das evidências científicas selecionadas neste estudo, a maioria dos achados apresentaram resultados satisfatórios quanto ao uso da realidade virtual no desempenho motor do membro superior. Entretanto, são necessárias novas pesquisas na área.
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