This research record is part of the cycle of an ethnographic investigation, which I carried out from 2014 to 2020, in territories of transvestite (travesti, in Portuguese) prostitution. The ethnography that moved along these years encompassed several cities, including European cities. However, I selected only part of the records made in Aracaju for this present contribution. The clipping is due to the urgency of exposing the conditions in which travestis, a silenced, concealed, stigmatized and violated group, submit themselves, as a Brazilian cultural phenomenon, when they find themselves at the heart of the tangled tensions in the field of forces that sew their nocturnal lives in regions of prostitution. Travestis are, in general terms, people designated male at birth, whose gender expression deviates from what is imposed on them and aligns with what is socially established as female. However, they do not consider themselves women.
Travestis devem ser entendidas como aquelas que trabalham, modificam e transformam seu corpo com o objetivo de aproximar-se do corpo feminino. Além dessa transformação, a indumentária usada cotidianamente é feminina, marcando a identidade, sem explicitar o desejo da cirurgia de transgenitalização. Benedetti ( 2005), Pereira ( 2009), Silva (2007). Pelúcio ( 2009) salienta a relevância das questões referentes à subjetividade neste processo.O objetivo de pesquisa é investigar como as travestis, que trabalham na condição de profissionais do sexo no Bairro da Atalaia, Aracaju, Sergipe/BR, constroem suas identidades através de consumo para seus corpos.Adotamos a etnografia de método possuidor de estruturação teórica e prática própria (Silva, 2006) ou, como advoga Rocha e Barros ( 2006), "é investigar por dentro a realidade de um grupo, sendo o saber gerado a partir do ponto de vista do outro." Assim, por dois meses e meio (2013), convivemos com as travestis que "fazem vida" no bairro da Atalaia. Na cidade há outros territórios de prostituição das travestis,
O artigo analisa a interferência da variedade linguística entre o português brasileiro e o europeu nas experiências de imigrantes brasileiros em Portugal e qual a importância desse tema na elaboração de políticas de promoção da multiculturalidade, para além das políticas educacionais, naquele país receptor. A variante brasileira do idioma causa um conflito de alteridade que o nacional português traduz em práticas discriminatórias de diferenciação do imigrante brasileiro. Partindo de uma pesquisa exploratória e não probabilística, desdobrada em observação não participante, entrevistas individuais semiestruturadas, grupo focal e análise de conteúdo, conclui-se que o assunto deve constar nas políticas do Estado português de fomento à multiculturalidade e integração de imigrantes.
“Ibo Azul” é o conto selecionado para apresentar uma reflexão referente a tecedura da sedução no cotidiano do corpo, do espaço e da linguagem, sendo esse o objetivo geral. Esses elementos serão analisados em trechos específicos do referido conto. Além da análise da linguagem e dos aspectos simbólicos presentes no enunciado, focalizaremos as significações metafóricas para as personagens dessa narrativa. Tem-se como objetivos específicos: contextualizar o conto antropologicamente; analisar o modo como a tecedura da sedução se configura na escrita literária de João Paulo; percorrer as trilhas do cotidiano do corpo, do espaço e da linguagem; apresentar o conteúdo teórico que serve de base para a reflexão proposta; interpretar os elementos simbólicos que se entrelaçam e se interpõem na narrativa. A partir das representações culturais utilizou-se métodos de análise centrada na antropologia da linguagem, partindo da metáfora como figura de linguagem, e da semiose literária; fazendo um recorte nas incursões pelo universo do corpo, do espaço e da linguagem.
O presente artigo analisará Orlando: uma biografia (1928), escrito por Virginia Woolf, através de conceitos como androginia e travestilidade. Percorreremos alguns dos amores de Orlando e teceremos considerações sobre as relações amorosas (consumadas ou não) da personagem central deste romance, isto é, consideraremos as aproximações de Orlando com Sasha, princesa russa, e Marmaduke Shelmerdine, viajante marítimo, segundo a chave interpretativa da androginia, especialmente considerada a partir dos estudos clássicos, sobretudo em O Banquete, de Platão. Em outro aparte, segundo a entrada do aspecto da travestilidade, consideraremos as afinidades e antipatias de Orlando com o/a arquiduque/sa Harry/Harriet, com Rosina Pepita, cigana, e com Nell, prostituta em condição de vulnerabilidade social. Para percorrermos os caminhos da androginia e travestilidade, em uma das mais famosas obras de Virginia Woolf, contaremos com o apoio crítico de tradutores e pesquisadores brasileiros que se debruçaram sobre a obra, a saber, Tomaz Tadeu, Silviano Santiago, Fabiana Assis e Carla Garcia. Em último aparte, consideraremos como a literatura, e este romance em questão, faz emergir questões que estão em âmbito antropológico, isto é, no âmbito da cultura, dos gêneros e das sexualidades.
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