Ciência, tecnologia e inovação, em qualquer área do conhecimento e em escala global, exigem atenção preponderante por sua relevância estratégica. No Brasil, a reduzida comunidade científica nacional que atua nas ciências cartográficas e geodésicas se apresenta, contribui e comunica, entre os pares, os resultados de seus trabalhos via os dois veículos mais importantes: a Revista Brasileira de Cartografia (RBC) e o Boletim de Ciências Geodésicas (BCG). Ambos disponibilizam os artigos selecionados em seus respectivos sites na internet. Tendo por objetivo maior ampliar o grau de compreensão sobre a comunidade científica atuante na área, este trabalho apresenta as principais instituições que afiliam os autores que divulgam as suas produções científicas e tecnológicas nos dois canais editoriais. Analisando os dados (títulos, autores, instituições, e suas cidades-sede, e palavras-chave) de todos os artigos publicados na fase on-line, apresentam-se as características marcantes das instituições. Os resultados confirmam que as universidades públicas, seguidas dos institutos de pesquisa, respondem pela maior quantidade de artigos publicados. Oposto a isto, há uma grande quantidade de inserções com apenas uma ocorrência. Dadas a importância do assunto e algumas dificuldades em organizar os dados, reitera-se a oportunidade de se adotar um procedimento de orientação aos autores e revisores de artigos para sistematizar a coleta e a classificação dos dados. Finalmente, faz-se a sugestão de que ambos os periódicos cooperem-se mutuamente para ampliar o impacto das comunicações geodésico-cartográficas. No tocante às instituições menores, sugere-se que sejam estimuladas a vivenciar uma experiência de desenvolvimento em CTI.
O desenvolvimento dos processadores computacionais mudou a forma de se trabalhar com os dados geoespaciais. Os métodos evoluíram de mecânicos a computacionais em cerca de cinco décadas, enquanto os materiais mudaram de manufaturados para eletrônicos e digitais. O paradigma tecnológico computacional influenciou a educação formal e as carreiras profissionais desde o nível técnico até o de pós-graduação. Entre os muitos títulos educacionais e profissionais distintos relacionados com a informação geográfica, os engenheiros cartógrafos desempenham a função de construir bancos de dados geográficos e mapas e assumem todo o processo de mapeamento cartográfico, com responsabilidade pela implantação e manutenção do arcabouço geodésico e cartográfico. Apesar do vasto território brasileiro, é provável que não haja mais de 2.000 destes profissionais no mercado de trabalho, onde praticam a gestão administrativa, a produção técnica, as consultorias e os trabalhos acadêmicos. Uma amostra de 212 engenheiros cartógrafos confirma o perfil levantado anteriormente. Por outro lado, uma pesquisa em duas revistas brasileiras da comunidade científica de geodésia e cartografia enumerou as palavras-chave mais utilizadas e relacionou-as às instituições de pesquisa. Usando as palavras, os pesquisadores foram contados na Plataforma Lattes do CNPq, onde a comunidade científica brasileira informa sua produção acadêmica através do Curriculum Vitae Lattes. Após as análises da amostra de engenheiros cartógrafos, dos artigos publicados nas duas revistas e dos pesquisadores da base Lattes, este artigo apresenta o que é pesquisado nos laboratórios e o que é feito na profissão. As coincidências vão além da distribuição regional brasileira, em parte devida ao desenvolvimento e à inovação da tecnologia da informação geoespacial investigadas nas instituições de pesquisa e implementadas nas organizações cartográficas.
Elementos da infraestrutura exigem dados descritivos e informações geográficas para fins de suporte ao processo de tomada de decisões. No campo da energia elétrica, quanto maior a demanda por manutenções e implantações de redes elétricas, maior deverá ser a produção de geoinformação. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) tem publicado vários documentos com o objetivo de promover a padronização da apresentação das informações dos ativos das distribuidoras de energia elétrica. Cada distribuidora deve disponibilizar para a agência reguladora uma Base de Dados Geográfica da Distribuidora (BDGD) para compor o Sistema de Informação Geográfica Regulatório (SIG-R). O SIG-R será utilizado pela ANEEL para conhecer a quantidade de ativos elétricos total, por tipo, data e, sobretudo, por localidade. Este trabalho aplicou diferentes procedimentos metodológicos para se obter o georreferenciamento de postes e unidades consumidoras e o cadastramento, por imagens, de um conjunto de atributos existentes na rede elétrica urbana e investigou se os procedimentos atendem às normas da ANEEL. O primeiro procedimento foi realizado através de aquisição de dados (posição e fotografias detalhadas) terrestre, o segundo se baseou em imagens disponíveis na internet por meio do Google Maps Street View e o terceiro empregou um SMM (Sistema de Mapeamento Móvel) através de vídeos coletados dos ativos das redes elétricas ao longo das vias públicas. No primeiro procedimento obteve-se o maior número de atributos e valores identificados. A análise que comparou os posicionamentos das entidades geográficas para os três procedimentos conclui que todos atenderam à precisão posicional estabelecida pela ANEEL.
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