A erosão acelerada constitui importante processo de degradação da qualidade das terras agrícolas. Comumente, a perda física de solo é computada, negligenciando-se os efeitos econômicos dessas perdas, que podem ser estimados empregando-se métodos de valoração econômica. Este trabalho teve por objetivo aplicar o método Custo de Reposição, para valoração econômica das perdas de nutrientes por erosão de um Latossolo Vermelho Distroférrico típico. Foram analisados dados de perda de solo e de nutrientes provenientes de dois ensaios realizados no município de Campinas (SP). No Ensaio I (1990-1996) foram testados oito tratamentos, um por parcela, e as repetições ocorreram no tempo. No Ensaio II (2003-2005), foram testados dois tratamentos, com quatro replicações, sendo analisadas duas safras. Para o Ensaio I ocorreram diferenças significativas entre tratamentos para perdas de solos e de nutrientes. O tratamento "plantio direto" foi o que melhor preveniu as perdas por erosão, enquanto que "aração morro abaixo" foi o que mais intensificou esse processo. A intensidade de erosão não teve influência sobre as produtividades de milho, que não se diferenciaram entre tratamentos, assim como também os custos de reposição de nutrientes. Para o Ensaio II, não foram caracterizadas diferenças significativas entre tratamentos para nenhum atributo analisado, podendo ter ocorrido efeito residual do Ensaio I (anterior). O método Custo de Reposição pode ser aplicado como um indicador na avaliação da sustentabilidade de sistemas de manejo do solo. Mas, em ensaios de longa duração, a variação anual dos preços de fertilizantes e de mão-de-obra pode mascarar os efeitos devidos aos tratamentos em si.
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