O propósito do artigo é apresentar os resultados de pesquisa sobre segurança do paciente a partir das percepções dos funcionários de uma instituição hospitalar de alta complexidade, localizada na região sul do Brasil. Trata-se de pesquisa aplicada, transversal, exploratória e descritiva, com design survey e abordagem quantitativa. À coleta de dados foi utilizado o Hospital Survey on Patient Safety Culture (HSOPSC), desenvolvido pela Agency for Healthcare Research And Quality e validado no Brasil por Reis (2013). Participaram da pesquisa 646 (67%) entre os 960 funcionários do hospital. Como principais resultados do estudo foram identificadas como dimensões fortes para a segurança dos pacientes 'aprendizado organizacional', 'apoio da gestão hospitalar para segurança do paciente', 'frequência de eventos relatados' e 'expectativas sobre o seu supervisor/chefe' e 'ações promotoras de segurança do paciente. De outro modo, as dimensões ‘passagem de plantão/turno’ e ‘respostas não punitivas aos erros’ caracterizaram-se como frágeis para a cultura de segurança no hospital. Portanto, reforçar os aspectos promotores e intervir nos aspectos fragilizantes representam ações urgentes e necessárias a serem adotadas no hospital em tela, assim como em todo o sistema hospitalar.
A percepção de autonomia pode ser medida a partir da aplicação de questionários para amostras representativas dos trabalhadores. Por isso, duas hipóteses foram testadas neste trabalho. A primeira, afirma a diferença entre percepções de autonomia a partir de uma maior escolaridade, posto de gestão e idade. Isso porque as pessoas mais experientes, escolarizadas e gestoras tendem a ter uma percepção de autonomia maior do que as pessoas mais jovens, menos escolarizadas e não-gestoras. A segunda hipótese é voltada para o lado oposto, pois afirma que os jovens, quando estão em cargos de gestão e com mais escolaridade, são aqueles que mais percebem-se numa situação de autonomia. Para os testes foram feitas análises quantitativas a partir dos dados coletados em duas pesquisas: a do Design do Trabalho (aplicada em 2018 no Brasil) e a da Pesquisa Mundial de Valores (aplicada no mundo de 2010 a 2014).
Passou a ser comum, no ambiente laboral, trabalhadores de várias gerações em convivência e metas conjuntas e entre estes, a autonomia comumente é compreendida de diferentes maneiras. O estudo analisa a perspectiva sobre a autonomia das tarefas de trabalhadores jovens, adultos e idosos. É uma pesquisa quantitativa, exploratória, transversal; participaram 1.262 trabalhadores. À coleta de dados foi utilizada a subcategoria ‘Autonomia’ que integra a categoria ‘Características das Tarefas’ do Work Design Questionnaire. Para o teste da hipótese foi utilizado o teste ANOVA de uma via, com o Post Hoc de Tukey. Como resultados, verifica-se que os idosos se percebem mais autônomos do que os adultos e jovens. Entre eles, a maturidade, as vivências e o acúmulo de experiências se refletem na percepção de maior liberdade para tomada de decisões e fazer escolhas, enquanto jovens trabalhadores entendem autonomia como ausência de controle. Isto possibilita depreender que a percepção de autonomia no trabalho aumenta com o passar do tempo entre as faixas etárias pesquisadas. Tal condição suscita novas formas de gerir as pessoas, de organizar o trabalho ou de redesenhá-lo. E isso representa um grande desafio à área de gestão de pessoas.
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