Este estudo foi realizado entre os anos de 2012 -2013 e teve como objetivo caracterizar os resultados entre os fatores de risco relacionados à saúde na adoção de comportamentos em adolescentes do curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio do IFBAIANO/Campus Senhor do Bonfim/BA, obedecendo os mesmos protocolos de mensurações, com os mesmos estudantes e com coletas de dados durante o primeiro bimestre de cada ano. A composição da amostra do primeiro levantamento foi de 337 adolescentes de ambos os sexos com idades entre 13 a 18 anos, destes 187 do sexo feminino e 150 do sexo masculino e com médias de idades 13,46 ± 1,43 e 14,07 ± 1,58 respectivamente. No segundo levantamento, um ano depois, o estudo contou com 230 estudantes de ambos os sexos, 127 do sexo feminino e 103 do sexo masculino, com média de idades 14,24 ± 0,73 e 14,13 ± 0,81 respectivamente. Para a realização do estudo foram aplicados questionários autoadministrados sobre nível socioeconômico, hábitos alimentares e uso de drogas. Para análise estatística foi utilizado o software SPSS for Windows, utilizando a estatística descritiva e teste "t" Student. Os resultados mostraram que apesar da maioria dos participantes serem classificados com elevada prevalências de fatores de risco à saúde, houve redução proporcional de 4,0%, dos jovens classificados socioeconomicamente da "classe C" de 65,0% para 61,0%. Para os hábitos alimentares, os resultados mostraram que quando comparado a classificação "hábitos saudáveis e relativamente saudáveis" entre os dois levantamentos, também houve redução para aqueles estudantes que foram classificados como "alimentam-se adequadamente" de 76,2% para 69,5%. Quanto ao o uso de drogas, o resultado foi o mesmo de 1,0%, daqueles que afirmaram que "fumam ocasionalmente". Em relação ao consumo de bebidas alcoólicas, apesar dos valores elevados, houve reduções para aqueles que afirmaram "já ter experimentado", em 2012, 60,2%, e em 2013, 55,3%, contudo aumento para aqueles que responderam que bebem "uma vez por semana" de 8,0% para 14,6%, respectivamente. Portanto, o estudo demonstrou, que embora houve reduções para fatores de risco à saúde, os resultados se mantiveram elevados e que podem levar a comportamentos que causam doenças.