O artigo analisa três novos negócios voltados para a convergência entre Internet e TV: Netflix, Hulu e Apple TV-iTunes. Partindo da economia política da comunicação, discute as disputas de poder num projeto que envolve intensa negociação entre grandes corporações de entretenimento e firmas menores. De um lado, antigos players da indústria cultural buscam intermediários capazes de garantir sua presença na web. De outro, empresas inovadoras tentam aumentar sua importância através de acesso a conteúdo com vasta aceitação. Demonstra-se que o streaming se configura não como uma experiência disruptiva, mas conectada a um antigo mecanismo institucional da indústria cultural: a administração sobre os direitos de para distribuição de conteúdo.
Au cours des deux dernières décennies, les industries culturelles brésiliennes ont connu une numérisation de leurs contenus impliquant différents niveaux de difficultés. Depuis 2010, les plateformes numériques mondiales ont commencé leurs opérations dans le pays et en quelques années, elles ont consolidé le marché de la musique numérique et de la vidéo à la demande (VoD). S'il ne fait aucun doute que les entreprises numériques mondiales ont joué un rôle crucial dans la croissance du marché du contenu numérique, il est vrai qu'elles représentent de nouveaux défis pour la diversité culturelle. Car si, d'une part, elles ouvrent le marché à une pluralité d'expressions culturelles à un niveau sans précédent, de l'autre, elles modifient les relations entre production, distribution et consommation de biens culturels. En réalité, on sait encore peu de choses sur la manière dont les consommateurs auront accès à cette pluralité d'expressions artistiques. C'est un sujet sensible, en particulier pour les pays en développement, dans la mesure où ils n'ont guère de contrôle sur la technologie fournie par les plateformes internationales. Nous proposons d'interroger la question de la diversité culturelle dans les pays en développement à travers l'analyse des processus de numérisation des industries musicales et audiovisuelles au Brésil. Pour ce faire, nous présenterons pour chacun de ces deux secteurs, les différents acteurs qui le sous-tendent, leurs perspectives et les conflits générés. Dans les remarques finales, nous aborderons les défis auxquels sont confrontés les deux secteurs et commentons les difficultés rencontrées par le gouvernement brésilien dans sa tentative de régulation des marchés de contenu numérique en faveur de la diversité culturelle locale.Mots-clés : Marché de la musique numérique ; Marché de la vidéo à la demande ; Diversité culturelle, Brésil.
Centrado numa perspectiva arqueológica e atento à forma adotada pelas mídias para a constituição do streaming, o texto analisa o julgamento sobre a compra da Time Warner pela AT&T no Brasil, cujo resultado permitirá a criação de novas plataformas de difusão para a imagem, mediante a associação entre uma estrutura para tráfego de informação e o conteúdo de um criador global. Ainda indefinido, o processo se estende desde 2017, em meio a deliberações legais divergentes, que, contraditoriamente, põem em questão a própria norma que avalia o caso. No Brasil, seus termos se tornam parte do que é discutido, expondo uma relação repetida com as normas. Tal dúvida envolve intervenções que buscam produzir dos reguladores uma interpretação das leis segundo as expectativas de quem é julgado, numa decisão com força para inviabilizar um evento capaz de renovar a difusão do audiovisual.
Este artigo investiga uma experiência específica para a criação de conteúdo voltado ao streaming, em sua busca por construir outras dimensões para a imagem on-line. A análise recai sobre os multi-channel networks (MCNs), produtores de conteúdo nativo que, diferenciando-se em relação ao broadcast convencional e à televisão segmentada, contam com o envolvimento tanto de conglomerados globais de comunicação, como a Disney e a Time Warner, quanto de operações de tecnologias de informação, com destaque para o Google. Construídos segundo esta associação diversa, alimentam plataformas como o YouTube, mas não apenas. Os MCNs ordenam uma lógica para a imagem que, como outras tentativas de definir a televisão do séc. XXI, inserem-se num diagrama de controle pautado pela lógica do protocolo, com conteúdo diversificado trafegando livremente por espaços variados.
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