Introdução: A dengue apresenta alta magnitude e potencial de disseminação no Brasil, cujo índice de incidência ocupa o quinto lugar nas Américas, sendo Goiás (GO) o segundo estado de maior incidência no país e Itumbiara o oitavo município com maior número de casos naquele estado. Objetivo: Esse trabalho visa analisar o perfil epidemiológico da doença em Itumbiara-GO no período de 2007 a 2017. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo dos casos de dengue notificados no município de Itumbiara-GO, no período de 2007 a 2017, por meio da análise de dados disponibilizados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Resultados: Ocorreram 4471 casos (1 óbito) de 2007 a 2017. Os casos foram mais prevalentes em mulheres na faixa etária de 20 a 39 anos. A maioria dos casos ocorreram no primeiro trimestre, sendo confirmados majoritariamente por critérios laboratoriais, exceto em anos epidêmicos. Na análise dos dados, foram consideradas limitações inerentes à utilização da base de dados secundárias. Conclusão: o estudo analisou o perfil sócio epidemiológico do município de Itumbiara no período de 2007 a 2017, além disso foram observados o sub registro dos casos de dengue e de suas formas de evolução, o que reflete falhas na atuação da Vigilância Epidemiológica. Palavras chaves: Dengue. Educação em Saúde. Saúde Pública. Vigilância em Saúde.
Introdução: Crianças menores de cinco anos são as principais vítimas de acidentes por ingestão de cáusticos, assim considerando a epidemiologia brasileira e dos riscos à exposição desses agentes ressalta-se a importância deste estudo que objetiva realizar uma análise descritiva dos casos de acidentes cáusticos em pacientes pediátricos atendidos em um hospital universitário de Minas Gerais. Método: Este é um estudo transversal descritivo, de caráter quantitativo, a partir dos dados obtidos de prontuários de pacientes pediátricos (0-13 anos) atendidos por ingestão de substâncias cáusticas, no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (Minas Gerais, Brasil). Resultados: Foram levantados 132 prontuários de crianças atendidas por ingestão de substâncias cáusticas de janeiro de 2011 a abril de 2018. Os acidentes acometeram crianças na faixa etária de 08 meses a 12 anos, sendo que 82,60% dos casos ocorreram em ambiente domiciliar. Entre as principais substâncias ingeridas estão os produtos de limpeza, quanto à sua composição química predominaram soda cáustica, hipoclorito de sódio e amoníaco. A endoscopia digestiva alta (EDA) foi realizada em 104 pacientes. Quase 13% das crianças apresentaram estenose esofágica e necessitaram de dilatação esofágica. No período estudado, foram realizados 296 procedimentos de dilatações, com média de 17,4 procedimentos por paciente. Discussão: Considerando que os acidentes cáusticos são prevalentes em crianças menores de cinco anos e em ambiente domiciliar, as principais substâncias ingeridas são aquelas de caráter alcalino, que causam lesão no trato respiratório e gastrointestinal, sendo a principal consequência a estenose esofágica. Ademais, não há protocolos bem definidos para o manejo e a condução de pacientes que fizeram a ingestão dessas substâncias. As principais limitações do estudo foram o preenchimento incompleto dos prontuários analisados e os trâmites burocráticos para o acesso aos mesmos. Conclusão: Predominaram os acidentes cáusticos domiciliares e em crianças menores de 2 anos, o que implica a necessidade de ações educativas e preventivas.
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