Nos últimos anos notou-se considerável aumento na procura e consumo de pescado, além de seus derivados. Contudo, os peixes são hospedeiros ideais de inúmeros parasitas, evidenciando a necessidade de desenvolvimento de novas metodologias de pesquisa para sua detecção. O objetivo do presente trabalho foi comparar a eficácia da extração de metacercárias de Ascocotyle (Trematoda: Digenea) em tecidos viscerais de Mugil liza Valenciennes, 1836 (Teleostei: Mugilidae), mediante duas metodologias: homogeneização por liquidificador ou por mixer. Foram coletadas 26 amostras, sendo 16 amostras de fígado e 10 amostras de tecido muscular de espécimes de M. liza. Cerca de 5g de cada amostra foram processadas pela técnica de homogeneização por liquidificador e pela técnica de homogeneização por mixer para a extração de metacercárias. Em amostras de fígado, até 46 metacercárias foram encontradas na homogeneização em liquidificador. A menor quantidade encontrada foi de 2 metacercárias, para liquidificador e mixer. Em amostras de tecido muscular, observaram-se até 4 metacercárias na extração por mixer. A menor quantidade encontrada em amostras positivas foi de 1 parasita, para liquidificador e mixer. As médias de metacercárias encontradas e extraídas, por liquidificador e mixer, de tecido muscular foram de 0,2 (±0,357) e 1,2 (±0,963), respectivamente. Já as médias de metacercárias encontradas e extraídas, por liquidificador e mixer, do fígado dos peixes foram de 24 (±15,145) e 18 (±8,246), respectivamente. As técnicas de homogeneização, por liquidificador e mixer mostraram-se eficazes para extração de metacercárias dos tecidos de peixes mugilídeos, sugerindo que podem se aplicáveis diretamente no campo de estudo, especialmente pela facilidade de realização do ensaio.