Introdução No contexto da pandemia pelo vírus SARS-CoV-2, surge um forte agravante: as fake news. Por definição, constituem o grupo de notícias falsas disseminadas nos meios de comunicação. Este estudo teve como objetivo avaliar estatisticamente o alcance das fake news em Aracaju e o seu impacto na saúde pública. Metodologia Trata-se de um estudo descritivo, exploratório e observacional. A amostra obtida considera que ao menos 50% da população aracajuana tenha acesso direto e faça uso da internet como meio de comunicação e fonte informativa. Os dados foram coletados através de um questionário digital padronizado (Google Forms) e organizados no software Excel. Resultados Ao total, foram entrevistadas 266 pessoas. Dentre elas, 182 (71,1%) eram do sexo feminino e a idade teve como mediana 23 anos (21-26). Em relação ao grau de escolaridade, 165 (64,5%) tinham o ensino médio completo e o ensino fundamental incompleto. Conheciam o termo fake news 254 (99,2%) indivíduos e 165 (64,5%) afirmaram buscar informações sobre saúde na internet. Ainda, 138 (53,9%) constataram sempre conferir as informações recebidas antes de compartilhá-las. Acreditam às vezes nas informações sobre saúde que recebem via internet 113 (44,1%) indivíduos. Dentre as afirmações que circulam sobre o COVID-19, 225 (87,9%) acreditam que a ivermectina previne contra as formas mais graves do coronavírus; 205 (80,1%), que a hidroxicloroquina é eficaz na prevenção e cura da infecção pelo novo coronavírus e 169 (66%), que o número de casos e de óbitos por coronavírus é mentira. Acreditam que o uso de vitamina C e D previnem contra o novo coronavírus 159 (62,1%) entrevistados e 128 (50%), que isolar somente a população do grupo de risco seria suficiente. Afirmaram já ter feito algum método de prevenção indicado por essas notícias 71 (27,7%) indivíduos e 194 (75,4%), estar cumprindo as orientações do Ministério da Saúde quanto ao uso de máscaras e distanciamento social. Por fim, 238 (93%) acreditam que o distanciamento social ajuda no controle do número de casos de coronavírus. Conclusão As inverdades difundidas no campo da saúde comprometeram a adesão ao isolamento social, ao uso correto de EPI‘s em Aracaju e ao combate do COVID-19. Assim, é crucial que a população aracajuana verifique a veracidade dos conteúdos recebidos pelas redes sociais antes de fazer o repasse dessas informações, evitando, dessa maneira, riscos diretos à saúde do próprio indivíduo e dos outros ao seu redor.
Introdução Esse estudo teve como objetivo avaliar o perfil dos casos de COVID-19 em crianças e em adolescentes em um hospital de Sergipe. Metodologia Trata-se de um estudo analítico do tipo transversal realizado durante um período de 6 meses, para isso foi utilizado os dados do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar desse hospital materno-infantil. Ao total foi analisado 302 casos suspeitos de infecção por SARS-CoV-2, sendo que desses 93 (30,8%) tiveram o diagnóstico confirmado. Resultados Dentre os casos de COVID-19, 59 (62,1%) eram do sexo masculino e 18 (18,9%) tinham alguma comorbidade, além disso a maioria desses pacientes necessitaram de hospitalização, 66 (69,5%) de leito clínico e 2 (2,1%) de leito de estabilização. Referente a sintomatologia, a maioria dos casos de COVID-19 apresentavam tosse (41,1%), dispneia (37,9%) e febre (32,6%). Ao analisar o número de óbitos na amostra total (n = 13), 76,9% (n = 10) dos casos foram em pacientes com infecção por SARS-CoV-2 confirmada. Conclusão Apesar de a maioria dos casos de COVID-19 em crianças e em adolescentes se apresentarem nas formas leves e assintomáticas, essa doença não pode ser menosprezada, dado que a presença do exame de PCR positivo para infecção pelo SARS-CoV-2 apresenta associação com maior mortalidade nessas faixas etárias.
Introdução/Objetivo Os dados das equipes de médicos na linha de frente de atendimento de casos de COVID-19 mostram exaustão física e mental. Em Sergipe, médicos experienciam os diferentes tipos de sobrecarga no enfrentamento da pandemia. Esse apontamento alerta para a Síndrome de Burnout (SB), a qual o projeto objetivou analisar a sua apresentação nesse novo cenário. Métodos É um estudo descritivo, de natureza quantitativa e transversal. Foi utilizada amostragem de 86 médicos atuantes nos serviços público e privado de Sergipe na linha de frente da COVID-19. Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário online autoaplicável, através do questionário Maslach Burnout Inventory General Survey. Todas as questões são compostas de uma escala Likert que foram pontuadas pelo Maslach Burnout Inventory. Utilizou-se como definição de SB a presença de alto nível em pelo menos uma das três dimensões avaliadas. As variáveis categóricas foram descritas por meio de frequência absoluta e relativa percentual. A hipótese de independência entre variáveis categóricas foi testada por meio dos testes Qui-Quadrado de Pearson ou Exato de Fisher. Resultados 59,8% dos entrevistados apresentaram sintomatologia positiva para a síndrome, com predomínio da alta exaustão emocional (42,5%), baixo cinismo (71,3%) e baixa eficácia no trabalho (58,6%). 61,3% em idade igual ou inferior a 35 anos, apesar de ambos os grupos etários apresentaram positividade. 63,2% em homens e 57,1% em mulheres. 60,8% em solteiros e 55,9% em casados. 67,9% em médicos que já são pais ou mães. 93,8% entre os que possuem de 5-10 anos de experiência profissional, sendo também positivo em médicos com menos de 5 anos de experiência (53,8%), mas negativo naqueles com mais de 10 anos de carreira (52,6%). Por fim, a SB foi positiva em 68,2% dos que exercem o ofício em rede pública e não foi determinante nos médicos que trabalham em rede particular. Conclusão Esses achados apontam um adoecimento psíquico entre médicos de Sergipe mais relacionado ao sexo masculino, jovem, com tempo de experiência profissional recente e atuação no serviço público de saúde. O Ministério da Saúde (2001) indica, como tratamento da SB, o acompanhamento psicoterápico, farmacológico e intervenções psicossociais, podendo ser divididas em individuais e organizacionais, as quais devem ser consideradas nesses casos, principalmente dentro de uma nova conjuntura sanitária trazida junto à pandemia pelo SARS-CoV-2.
Introdução COVID-19 é uma infecção causada pelo SARS-CoV-2, o novo coronavírus detectado em dezembro de 2019 na China. Os sintomas da COVID-19 são semelhantes aos de outras doenças virais respiratórias agudas, prevalecendo como queixas de febre e tosse. Portanto, é imprescindível a realização de exames para diagnóstico. Objetivo Definir o perfil dos casos suspeitos do COVID-19 em crianças e adolescentes de um hospital terciário do estado de Sergipe, devido à semelhança de sinais e sintomas com outras infecções respiratórias virais prevalentes em pediatria. Métodos estudo seccional realizado por meio da extração de dados dos prontuários médicos do Hospital e Maternidade Santa Isabel, em Sergipe, entre 24 de março e 28 de setembro de 2020. Para a análise dos dados foram criadas as variantes contínuas e categóricas. Resultados foram atendidos 302 pacientes, no período analisado, classificados como casos suspeitos de COVID-19, sendo que 54 crianças (17,9%) apresentavam uma ou mais comorbidades subjacentes, sendo a mais prevalente relacionada ao aparelho respiratório, como a asma. A maioria dos casos suspeitos de COVID-19 foram excluídos e apenas 95 (31,5%) foram diagnosticados com a doença. Os sinais e sintomas não mostraram diferença significativa entre os pacientes com e sem SARS-CoV-2, como podemos observar na dispneia (37,9% vs 38,1%. p = 1.000). Comparando os casos suspeitos (descartados) e confirmados, o último teve maior necessidade de ventilação mecânica (18,2% vs 7,8%; p = 0,013), evolução para óbito (11,8% vs 1,7%; p = 0,001) e mais tempo entre a coleta da amostra e a alta hospitalar (p = 0,002). Conclusão a semelhança na apresentação clínica entre a infecção SARS- Cov-2 e as infecções respiratórias agudas em pediatria torna o diagnóstico diferencial ainda mais difícil, necessitando de exames laboratoriais. Além disso, há um aumento de casos suspeitos de COVID-19, por conta dessa semelhança. Palavras-chave Infecções por Coronavirus; Infecções Respiratórias; Diagnóstico.
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