O maracujá amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa) é um fruto tropical originário do Brasil, sendo este país o maior mercado consumidor e produtor, responsável por cerca de 90% da produção mundial. Apesar da importância econômica deste fruto, associada a utilização de sua polpa como matéria-prima para a indústria alimentícia, cerca de 65% do peso total do fruto não é utilizado, com sementes e cascas sendo descartadas. O óleo fixo extraído da semente de maracujá é rico em minerais, tocoferóis, carotenoides, polifenóis, tri-/di-/monoglicerídeos e ácidos graxos essenciais, características de destaque para diversas indústrias. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivos: extrair o óleo da semente do maracujá; caracterizar seus componentes graxos por Ressonância Magnética Nuclear e Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada a Espectrometria de Massas Sequencial; avaliar a atividade antioxidante, índice de acidez e acidez em ácido oleico. O óleo extraído neste trabalho apresentou composição química similar a prevista na literatura para os ácidos graxos: ácido linoleico (43,6-49,15%), seguida pelos ácidos oleico (13,8-16,12%), esteárico (21,76-26,5%), palmítico (11,28-13,8%), e linolênico (1,6-2,3%). Além disso, apresentou acidez (0,51 ± 0,04 - 1,73±0,02 %) e índice de acidez (1,03±0,42 - 3,44±0,04 mg KOH/g) dentro do estipulado pela legislação brasileira para óleos brutos; em relação ao seu potencial antioxidante, o extrato acetônico (72,67±2,02 %) apresentou maior atividade quando comparado ao hexânico (42,18±0,185 %). Os resultados sugerem que o óleo de semente de maracujá é um óleo vegetal de alta qualidade com possível aplicabilidade como aditivo alimentar ou em produtos cosméticos e farmacêuticos.