O artigo tem a intenção de indicar a presença de dois discursos teóricos opostos em Freud, no que concerne às relações entre sujeito e modernidade. Pretende-se demonstrar que na sua segunda versão, desenvolvida em Ma/- estar na civilização, o discurso psicanalítico realizou uma crítica sistemática de sua versão inicial, esboçada em "Moral sexual 'civilizada' e a doença nervosa dos tempos modernos". Pela construção dos conceitos de desamparo e de mal-estar, o discurso freudiano colocou então a psicanálise à prova do social. Além disso, indica que aquela pôde construir uma leitura sobre a modernidade, ao lado das que foram realizadas por Weber e Heidegger. Finalmente, este percurso tem ainda a finalidade de pensar a crise da psica- nálise na atualidade, nas novas condições do mal-estar na modernidade.
BLOOM, Samuel W. Word as Scalpel: a History of Medical Sociology. New York: Oxford University Press, 2002. Introdução Outras histórias da trajetória da sociologia médica serão escritas, mas seguramente, nenhuma poderá deixar de mencionar e mesmo tomar como referência a que foi escrita por Samuel W. Bloom. Intitulada Word as Scalpel: a History of Medical Sociology e publicada em 2002, constitui a mais detalhada história do desenvolvimento e institucionalização da Sociologia Médica nos Estados Unidos, mostrando como esse campo de conhecimento iria se constituir em um dos mais férteis para a sociologia e para a medicina. O livro se baseia em trabalhos publicados em sociologia médica, entrevistas com importantes figuras do campo e na própria trajetória do autor, que, ao contar a história da área, nos conduz para o conhecimento das suas experiências e pesquisas realizadas ao longo de cinco décadas. Recebida com críticas elogiosas, a obra resgata e documenta os precursores que no final do século XIX lançaram algumas idéias sobre a abordagem do social e os pioneiros das primeiras décadas do século XX, e o início de uma proposta sociológica que irá definir e criar uma estrutura institucional para a sociologia médica, partindo do célebre trabalho de Parsons, de 1951, e que se estende ao longo do século XX e chega ao século XXI. Com este trabalho procuro resgatar essa obra, que traça um panorama da sociologia médica e da sua importância para o campo dos estudos sociológicos e aspectos da vida desse autor, cuja visão pioneira e dedicação ao campo nos encanta até hoje.
Este ensaio pretende estabelecer a distinção entre a palavra e o conceito de desamparo no percurso do pensamento freudiano, para enunciar que o desamparo, como conceito, se constitui apenas no segundo tópico e na teoria das pulsões dos anos 20. Com isso, o desamparo se articularia positivamente com os conceitos de sublimação e de feminilidade, sendo o masoquismo a sua face negativa.
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