Os acidentes ofídicos são considerados um agravo a saúde pública principalmente nos países tropicais e subtropicais em populações com maior vulnerabilidade socioeconômica. Os trabalhadores rurais que vivem em comunidades, estão mais susceptíveis a esses acidentes, uma vez que estes estão associados às atividades ocupacionais que são realizadas nos habitats naturais das serpentes. Com isso, o objetivo desse estudo foi avaliar a capacidade de reconhecimento de serpentes em comunidades que vivem em florestas no oeste da Amazônia brasileira. Foram entrevistadas 250 pessoas em três unidades de conservação no estado do Acre, Resex Chico Mendes, Resex Cazumbá Iracema e Floresta Estadual do Gregório. As serpentes mais reconhecidas no estudo foram a coral (Micrurus lemniscatus), seguida da jiboia (Boa constrictor) e da papagaia (Bothrops bilineatus) e, as menos reconhecidas foram a cobra-d’água (Helicops angulatus) e a falsa-coral (Anilius scytale), seguidas da coral (M. ortoni). Algumas espécies de serpentes são mais conhecidas pelos moradores e outras menos, provavelmente devido a abundância ou a características que devem favorecer o reconhecimento das mesmas. Isso também pode explicar o fato de algumas espécies terem sido mais identificadas corretamente como sendo peçonhentas e outras não. Devido o fato dessas pessoas conviverem com as serpentes em seus habitats e o risco iminente de acidente ofídico, recomenda-se a elaboração de cartilha sobre ofidismo com informações de prevenção e primeiros socorros e com guia informativo das principais espécies de serpentes para ser distribuída para essas populações. As serpentes apresentam rica diversidade de espécies e variação dos nomes populares de uma mesma espécie em uma mesma região e ao longo de sua distribuição, sendo recomendado guias e cartazes para os profissionais da Saúde com fotografias e nomes populares das espécies de serpentes de sua região e também da situação epidemiológica.
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