Objetivo: analisar a ocorrência de sífilis gestacional e congênita à luz da vulnerabilidade, no período de 2008 a 2018, no Mato Grosso do Sul. Método: estudo transversal, retrospectivo, de caráter analítico e abordagem quantitativa, com base em dados secundários coletados no Sistema de Informações e Agravos de Notificação. Resultados: houve aumento progressivo de sífilis gestacional e congênita ao longo dos 11 anos, com predomínio em populações vulneráveis e associação (p<0,05) da ocorrência de sífilis congênita com as variáveis “escolaridade”, “faixa etária” e “cor da pele”. Verificou-se a influência de fatores comportamentais e relacionados aos serviços de saúde, dentre eles o diagnóstico tardio da sífilis e a baixa adesão do tratamento entre estas gestantes e seus parceiros sexuais. Conclusão: a sífilis gestacional e congênita tiveram causas multifatoriais e podem ser combatidas com ações em saúde que considerem os aspectos que potencializam a vulnerabilidade social, individual e programática da população.ABSTRACTObjective: to examine the occurrence of gestational and congenital syphilis in the light of vulnerability in Mato Grosso do Sul, from 2008 to 2018. Method: this retrospective, analytical, quantitative, cross-sectional study was based on secondary data collected from Brazil’s Notifiable Disease Information System. Results: gestational and congenital syphilis increased steadily over the eleven years, predominantly in vulnerable groups. The occurrence of congenital syphilis was found to associate (p < 0.05) with the variables “education”, “age group” and “skin color”. Behavioral and health service-related factors – among them, late diagnosis of syphilis and poor treatment adherence by pregnant women and their sexual partners – were found to influence the association. Conclusion: gestational and congenital syphilis had multifactorial causes and can be combated with health measures that address aspects that heighten this population’s social, individual and programmatic vulnerability.RESUMENObjetivo: examinar la ocurrencia de sífilis gestacional y congénita a la luz de la vulnerabilidad en Mato Grosso do Sul, de 2008 a 2018. Método: este estudio retrospectivo, analítico, cuantitativo y transversal se basó en datos secundarios recopilados del Sistema de Información de Enfermedades Notificables de Brasil. Resultados: la sífilis gestacional y congénita aumentó de manera sostenida durante los once años, predominantemente en grupos vulnerables. Se encontró que la ocurrencia de sífilis congénita se asocia (p <0.05) con las variables "educación", "grupo de edad" y "color de piel". Se encontró que factores relacionados con el comportamiento y los servicios de salud, entre ellos, el diagnóstico tardío de la sífilis y la mala adherencia al tratamiento por parte de las mujeres embarazadas y sus parejas sexuales, influyen en la asociación. Conclusión: la sífilis gestacional y congénita tuvo causas multifactoriales y se puede combatir con medidas de salud que aborden aspectos que aumentan la vulnerabilidad social, individual y programática de esta población.
Introdução: A consulta de enfermagem tem como objetivo orientar o cuidado de enfermagem e documentar a prática profissional. Deve ser implementada em todos os ambientes em que ocorre o cuidado de enfermagem, sendo uma atividade privativa do enfermeiro. Objetivo: Relatar como foi elaborada uma proposta de Consulta de Enfermagem para o Banco de Leite Humano (BLH). Método: Trata-se de um relato de experiência de enfermeiras do Programa de Residência em Enfermagem Obstétrica diante da proposta de implementação de Consulta de Enfermagem no BLH em Hospital Universitário, no período de agosto a outubro de 2021. Resultados: Foi construído um instrumento para consulta de enfermagem atendendo as seguintes etapas: revisão de literatura para identificação dos principais diagnósticos e cuidados de enfermagem encontrados em mulheres que frequentam o BLH; elaboração de instrumento com base na teoria de Wanda Horta para coleta de histórico de enfermagem, exame físico dirigido, diagnósticos de enfermagem, intervenções e evolução; utilização do instrumento na rotina de atendimento para verificar aplicabilidade, sendo as consultas realizadas inicialmente com puérperas internadas na maternidade da instituição e que apresentavam alguma dificuldade na amamentação; realização de adequações necessárias do processo de trabalho; entrega do material à enfermeira do setor para providências institucionais que permitam a implementação do instrumento. Durante o estudo de aplicabilidade verificou-se que o instrumento permitiu maior organização e visibilidade das ações de enfermagem realizadas no setor, garantiu uma assistência individualizada e de maior qualidade para as lactantes que frequentaram o banco de leite humano e nortearam de forma clara e objetiva os problemas a serem resolvidos, bem como ações de enfermagem a serem executadas. Conclusão: A Consulta de Enfermagem em Bancos de Leite Humano é uma ferramenta essencial para a prática assistencial individualizada, garantindo maior autonomia do enfermeiro e melhora na qualidade do cuidado prestado por este profissional. Palavras-chave: Processo de enfermagem. Sistematização da Assistência de enfermagem. Aleitamento materno. Assistência integral à saúde da mulher. Enfermagem obstétrica.
Introdução: A reflexão acerca dos indicadores epidemiológicos de óbitos de mulheres em idade fértil e óbitos permite a avalialção da cobertura e da qualidade dos serviços de saúde, sendo um indicador sensível referente os aspectos que influenciam na saúde associados à gestação e as suas implicações na saúde da mulher. Objetivo: Descrever as características epidemiológicas dos óbitos de mulheres em idade fértil e óbitos maternos no Mato Grosso do Sul e verificar o cumprimento do 3º objetivo dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Método: Trata-se de um estudo transversal e descritivo, com base em dados secundários do DATASUS-TABNET, referentes ao total de óbitos de mulheres em idade fértil e maternos de 2015 a 2019 no Mato Grosso do Sul. A coleta de dados ocorreu de agosto a setembro de 2021. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva com o uso de medidas de tendência central e dispersão e pelo cálculo da Razão de Mortalidade Materna (RMM), além do teste de associação Qui-quadrado (p <= 0,05). Destaca-se a dispensa do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Resultados: O ano de 2015 teve a maior RMM (70,2/100mil nascidos vivos), enquanto a taxa de mortalidade entre mulheres em idade fértil foi maior em 2016 (37,8 óbitos/100 mil habitantes). 2017 foi o ano de menor ocorrência da mortalidade materna (46,9/100mil nascidos vivos) e da mortalidade entre mulheres em idade fértil (30,8 óbitos/100 mil habitantes). Não houve redução das taxas de mortalidade. Verificou-se associação estatisticamente significativa entre escolaridade (p=0,0262), faixa etária (p=0,0038) e cor/raça (p=0,0001) com a ocorrência do óbito materno. Conclusão: A mortalidade entre mulheres em idade fértil e materna mostrou pouca variação na sua ocorrência de 2015 a 2019, e esta última não atingiu a meta de 30 óbitos/ 100 mil nascidos vivos estabelecida para o Brasil pelos ODS. Palavras-chave: Mortalidade materna. Mulheres. Idade fértil. Cuidado prénatal. Promoção da saúde.
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