Avaliamos os efeitos do ultra-som pulsado de baixa intensidade sobre a cicatrização de lesão cutânea produzida na região dorsal de ratos. Utilizamos 60 ratos machos (Wistar, peso médio de 300g) divididos em dois grupos, sendo: 1) irradiação simulada; 2) irradiação efetiva (freqüência fundamental de 1,5MHz, freqüência de repetição de pulsos de 1KHz, largura de pulso de 200 µs, intensidade de 30mW/cm² -SATA, 10 minutos de aplicação em dias alternados). Estes foram subdivididos em subgrupos, de acordo com o tempo de avaliação da lesão, de 3, 7 e 14 dias, e a cicatrização foi avaliada através de análises planimétrica e histo-morfométrica. Aumento significante (p<0,05) da área cicatrizada foi observado no Grupo 2 (141,88±18,50 mm²) em relação ao Grupo 1 (117,38±15,14 mm²), no 14º dia. Houve diminuição significante do número de células inflamatórias (p<0,05), associada a um incremento da angiogênese, no Grupo 2 (2196,56 cel/mm²±234,93) em relação ao Grupo 1 (2611,68 cel/mm²±423,82), no 3º dia. Não observamos diferenças significantes na formação de colágeno, área de derme e epiderme entre os grupos. Concluiu-se que o ultra-som pulsado de baixa intensidade não apresenta efeitos deletérios e estimula moderadamente a cicatrização cutânea por segunda intenção em condições experimentais, com potencial para aplicação clínica em humanos.