As empresas de base tecnológica (EBTs) estão associadas à inovação tecnológica, principalmente de produto, o que torna o desenvolvimento de produto um processo crítico para tais empresas. O desempenho deste processo pode ser avaliado em função dos resultados, em termos de sucesso ou não sucesso, do produto desenvolvido. E o grau deste sucesso depende de fatores de gestão praticados durante o desenvolvimento do projeto. Este artigo tem por objetivo identificar e analisar os fatores críticos de sucesso no gerenciamento de projetos de desenvolvimento de novos produtos em EBTs de pequeno e médio portes. Foram analisados projetos desenvolvidos por empresas dos setores de equipamentos médico-hospitalares (EMH) e de automação de controle de processos (EACP), localizadas no Estado de São Paulo. Como método foi realizada uma pesquisa de levantamento (survey), aplicando-se um questionário estruturado em visitas realizadas às empresas. Foram levantados dados em 62 empresas, sendo 30 do setor de EMH e 32 do setor EACP. As unidades de análise foram projetos já concluídos por tais empresas. Os resultados demonstram que o gerenciamento de projetos de novos produtos de EBTs deve contemplar ações que valorizem mais as atividades de pré-desenvolvimento, tais como a avaliação do potencial de mercado do novo produto, a compreensão efetiva das necessidades do mercado e a sinergia do novo produto/projeto com outros produtos/projetos da empresa. Os resultados também enfatizam a importância do aprimoramento de habilidades gerenciais e de relacionamento interpessoal dos gerentes (ou líderes) dos projetos. Normalmente cabe a esses gerentes (ou líderes) suprirem, durante o desenvolvimento, as deficiências gerenciais e organizacionais da empresa.
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa de levantamento sobre as práticas e tendências da gestão do processo de desenvolvimento de produto em empresas da indústria brasileira de autopeças. De um universo identificado no país, de cerca de 120 empresas do setor (considerando pequenas, médias e grandes empresas) que em 2003 realizavam atividades de desenvolvimento de produto locais, conseguiu-se visitar e entrevistar 32 empresas, mas se obteve dados completos (questionários aproveitáveis) em uma amostra de 23 empresas. Essas empresas foram visitadas pela equipe de pesquisadores (normalmente por dois pesquisadores), ocasião em que se aplicou pessoalmente o questionário junto ao responsável pela área de Desenvolvimento de Produto. Alguns dos principais resultados sobre as práticas encontradas são: tem havido um crescimento da adoção de modelos de referência para estruturação e gerenciamento do PDP pelas empresas do setor, os quais muitas vezes estão apenas parcialmente implementados; métodos e técnicas de gestão do PDP são aplicados pelas empresas, mas em diferentes graus de intensidade, maturidade e integração; normalmente os projetos são conduzidos por times de desenvolvimento, embora a presença da estrutura organizacional funcional ainda seja significativa; os projetos do tipo follow-source são os mais comuns, mas os projetos do tipo plataforma também são relevantes, representando cerca de um quarto do número médio de projetos conduzidos pelas empresas da amostra; e as empresas sistemistas são as que mais utilizam práticas de padrão internacional de gestão no PDP. Acerca das tendências identificou-se que: a busca da redução do ciclo de inovação deverá exigir uma alocação maior de recursos para aumento da velocidade do desenvolvimento de novos produtos e possivelmente um uso mais intensivo de técnicas de gestão no PDP (tais como Lean - Seis Sigma, DFMA- Design for Manufacturing and Assembling, além de técnicas de simulação do produto em desenvolvimento); e é esperado que as unidades locais consigam mais autonomia em relação às matrizes, particularmente para condução das atividades que possuem competência para participar mais efetivamente de desenvolvimentos conjuntos com as montadoras e/ou sistemistas, seja para fornecimento local ou mais global.
Purpose Although lean methods are considered easy to be implemented during the initial phases of the lean transformation process, few companies are able to maintain them in long term. One of the key factors for this maintenance is the role played by the leaders in their teams. The purpose of this paper is to show the outcomes of an action research that analyzed and developed leadership practices, using the lean leadership model for developing people as reference and considering the factors: to promote employees’ self-development; to coach and develop employees; to support daily kaizen; to create vision and align goal. Design/methodology/approach The results of this study are based on the action research method applied in a large Brazilian industrial company. The study was structured considering the phases of problem diagnosis, action plan, implementation and evaluation of practical and theoretical results. Findings The leadership practices implemented from the model were shown to be adequate to the lean production system (LPS) and it was observed that reflecting on the processes and the organizational learning are two main concepts that these practices support in the organization. Research limitations/implications Since this study is based on action research in a single company, the generalization of results is limited. Suggestions for future research include the development of a quantitative research in different industrial contexts. Practical implications The practical implications of this research are to present activities that must be developed by the leadership of organizations to maintain LPS. Originality/value This paper raises the problems of organizational leadership that limit the implementation and maintenance of LPS, presenting the planning and implementation of changes in leadership practices to solve these problems.
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