Este livro explora, de maneira sensível e surpreendente, as manifestações artísticas e culturais produzidas pelos imigrantes japoneses, seus descendentes no Brasil e por brasileiros no Japão. Dos talentos consagrados aos artistas da geração atual, intencionou-se criar um espaço amplo e democrático abarcando temáticas variadas como arte, literatura, cinema, música, dança e história. A ideia foi chamar a atenção de especialistas e leigos interessados ou, ao menos, curiosos em saber um pouco mais sobre a cultura nipo-brasileira e as relações Brasil-Japão.
A China esteve no centro das atenções do Ocidente durante o Oitocentos. Talvez,por isso, na literatura ocidental oitocentista, a imagem do ‘mandarim’, representação,por vezes estereotipada, do chinês que detinha prestígio político, econômicoou cultural em seu país de origem é constante. Em Portugal, por exemplo, foi publicadano Diário de Portugal, em 1880, a novela O Mandarim de Eça de Queirós. Jáno Brasil, foi encenada no Rio de Janeiro, quatro anos mais tarde, a peça igualmenteintitulada O Mandarim, escrita por Artur Azevedo e Moreira Sampaio. A similaridadede títulos e a proximidade de datas de publicação propiciam uma sériede questões: em que sentidos esses dois O Mandarim se aproximam ou se distanciam?Poderia ser a novela de Eça uma espécie de inspiração à peça de Azevedo eSampaio? Como teriam esses autores trabalhado com a representação do orientalque dá títulos às obras? Este artigo busca responder a essas e outras questões surgidasdurante a leitura comparativa dos textos homônimos.
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