Os pacientes em hemodiálise enfrentam inúmeros estresses físicos e psicológicos que resultam na perda da qualidade de vida e morte prematura. Neste sentido, faz-se necessário a vigilância regular dos exames laboratoriais como critérios para tomada de decisão duração do tratamento. Portanto, o presente trabalho objetivou descrever as caracteristicas clínico-laboratorial dos pacientes e identificar os fatores associados ao tempo de tratamento em hemodiálise. Realizou-se um estudo transversal retrospectivo no Serviço de Hemodiálise de um hospital de referência no Vale do Jequitinhonha, com informações de 306 pacientes obtidas no Dialsist software de gestão de nefrologia entre 2010 e 2018. Os resultados indicaram a prevanlência do diabetes como causa da doença renal crônica e consequente necessidade de hemodiálise, aprensentando um aumento de 16,7% de diabéticos em 2010 para 30,1% em 2018. O sexo masculino predominou (56,5%) e a faixa etária entre 18-64 anos concentrou 74,5% dos casos. Um total de 298 (97,4%) pacientes foram tratados pelo setor público e o tempo medio de tratamento 25,9 meses. Verificou diferença significativa para a creatinina e glicemia, entre os pacientes diabeticos e não diabeticos. Os níveis de hemoglobina, ferritina, cálcio, fósforo, paratormônio, creatinina, potássio e albumina foram associados ao tempo de hemodiálise classificados em grupos 1(≤12), 2(12< e ≤52) e 3(>52) e em meses tratamento. Conclui-se portanto, que para melhorar a qualidade de vida e as condições físicas dos pacientes é imprescindível garantir o monitoramento regular nos Serviço de Hemodiálise, como garantia da qualidade da assistência prestada.