Objetivou-se, com este trabalho, caracterizar propriedades produtoras de leite, em regime de economia familiar, no que diz respeito a aspectos relacionados à recria de fêmeas bovinas leiteiras. Os dados utilizados foram provenientes de 12 propriedades produtoras de leite, localizadas na região Noroeste de Minas Gerais, no município de Presidente Olegário, na comunidade de Cachoeirinha/Boa Vista; no período entre maio e junho de 2016. Após a coleta, os dados foram cadastrados em planilhas do software Sphinx® e realizado o agrupamento das respostas por meio de sua categorização e frequência. Os dados das propriedades avaliadas evidenciaram que a baixa escolaridade, predomínio de mão de obra familiar e baixa participação de vacas em lactação nos plantéis são características comuns aos produtores. Foram identificadas diversas deficiências que se iniciam na desmama das bezerras e perpassam todo o período compreendido até a primeira cobertura das novilhas. A maioria dos produtores faz oferta suplementar de alimentos volumosos e concentrados, no entanto, a ausência de critérios técnicos para a divisão de lotes e alimentação das novilhas podem estar contribuindo significativamente para a perda de eficiência técnica e econômica nos plantéis avaliados. O peso e idade à primeira cobertura não são adequados ao padrão racial adotado nas propriedades, o que juntamente com a falta de correto manejo sanitário, pode vir a prejudicar a futura vida produtiva das fêmeas de reposição, assim como o desfrute e o melhoramento genético dos plantéis.
Objetivou-se, com este estudo, caracterizar propriedades produtoras de leite, em economia familiar, no que diz respeito a aspectos relacionados à cria de fêmeas de reposição. Os dados foram provenientes de 12 propriedades, localizadas na região Noroeste de Minas Gerais, no município de Presidente Olegário; no período entre maio e junho de 2016. Os dados foram cadastrados em planilhas do software Sphinx® e as respostas agrupadas por meio de sua categorização e frequência. Os dados evidenciaram que as falhas no manejo da fase de cria se iniciam no cuidado com as vacas no pré-parto e se estendem até a desmama das bezerras; e essa combinação de falhas deverá afetar a eficiência da atividade leiteira. Na maioria das propriedades as instalações são inadequadas ou mal localizadas. A maioria dos produtores faz a cria das bezerras em piquetes coletivos e não usa critérios para o agrupamento, manejando conjuntamente machos e fêmeas de várias idades e, assim, prejudicando o desempenho individual. A alimentação é feita sem critério na maioria das propriedades, o que pode estar contribuindo para o aumento da ocorrência dos problemas sanitários relatados. Não há adoção de protocolo sanitário específico para as bezerras e a falta de cuidados profiláticos básicos expõe os animais a maiores incidências de doenças e desvia o foco do cuidado sanitário para o tratamento de animais doentes ao invés da prevenção das mesmas. As possibilidades de viabilização técnica e econômica da pecuária familiar se tornam menores face às limitações observadas na fase de cria.
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