Mediante um preocupante cenário de crise hídrica mundial, este artigo investiga obstáculos e perspectivas para o desenvolvimento de um regime de governança policêntrica para as águas, examinando as escalas global, brasileira e local, no Baixo São Francisco. É uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, a partir de uma revisão sistemática integrativa da literatura, incluídos relatórios técnicos e regulação. O levantamento identificou que: as diferentes escalas examinadas se caracterizam pela fragmentação; a pressão de acordos internacionais em prol da gestão hídrica sustentável no Brasil é insuficiente; e há um lócus que padece de um modelo de gestão das águas ainda hierarquizado e burocrático, agravado pela hegemonia dos interesses de natureza econômica e pelo capital social debilitado. Frente a esse panorama, propõe-se um arranjo interinstitucional entre diferentes tratados de proteção às águas, um maior nexo na gestão água-clima e o fortalecimento de estruturas intermunicipais de governança local.
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