No final de dezembro de 2019, um surto de uma doença emergente (Covid-19) devido a um novo coronavírus (chamado SARS-CoV-2) rapidamente se transformou em pandemia. A reavaliação de medicamentos para uso como tratamentos antivirais foi uma das primeiras iniciativas terapêuticas, destacando-se a cloroquina/hidroxicloroquina. Foi realizado estudo retrospectivo dos prontuários de pacientes hospitalizados com Covid-19 de março a abril de 2020 e análise correlacionada de terapia com Cloroquina/Hidroxicloroquina, Azitromicina, Oseltamivir e corticoide. Foram avaliados 122 pacientes, onde foi observado elevado percentual de pacientes com internação em UTI (41,8%). Os principais sintomas foram: dispneia (68,9%), febre (84,4%) e tosse (81%). A mortalidade total foi de 11,5% (N=14), com média de idade igual a 73 anos (var 55-87). Os pacientes com alta hospitalar apresentaram média de idade de 49,7 anos. Detectou-se elevado reporte de comorbidades associadas à internação hospitalar, principalmente HAS, DM, Doenças cardiológicas e neuropsiquiátricas. O uso das medicações cloroquina ou hidroxicloroquina não foi impactante para mortalidade (p=0,55), nem tão pouco a utilização de azitromicina (p=0,78) ou corticóide (p=0,3). Os pacientes que necessitaram de internação em UTI apresentavam médias de hemoglobina menores em relação à admissão, bem como elevação de marcadores inflamatórios (leucócitos, plaquetas, D-dímeros, TGO, PCR e LDH). Concluiu-se por ineficácia no impacto para mortalidade da utilização de cloroquina/hidroxicloroquina.
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