Objetivo: Elucidar o processo de construção do conhecimento formalizado da enfermagem obstétrica. Revisão bibliográfica: Os saberes empíricos relativos à gestação e ao processo de parto, eram atribuídos aos cuidados de parteiras, elas eram responsáveis pela atenção pré-parto, cuidados imediatos ao recém-nascido e ao corpo feminino no pós-parto, nesse cenário o processo de parturição era considerado fisiológico e natural. Esse espaço foi sendo transformado sob influência do modelo biomédico, mudando o cenário de parto para um onde há internações, intervenções e medicalização do parto e tais procedimentos estão associados a desfechos trágicos. Assim, observa-se a crescente especialização de enfermeiros em obstetrícia, atuando na criação de tecnologias e ferramentas de cuidado, objetivando a promoção da saúde e a disseminação das boas práticas de atenção ao parto. Considerações finais: Observa-se a importância histórica do profissional que ao longo do tempo, foi se especializando e formalizando os seus saberes e hoje são protagonistas na promoção das boas práticas de atenção ao parto e nascimento e a saúde da mulher.

Objetivo: Relatar a vivência de acadêmicos de enfermagem na realização de atividade educativa em sala de espera, no ambiente de uma Unidade Básica de Saúde, sobre o câncer de colo uterino. Método: trata-se de um relato de experiência, elaborado com base nas vivências de um grupo de acadêmicos do estágio supervisionado I, do curso de bacharel em enfermagem da Universidade Regional do Cariri, nos campos de práticas voltados à atenção primária à saúde realizados no interior cearense no primeiro semestre de 2022. O grupo de mediadores organizou a temática em exposição em pontos para diálogo, sendo eles: Qual o impacto do câncer de colo de útero na população brasileira? Quais fatores de risco, hábitos nocivos e fatores hereditários que influenciam no desenvolvimento de doenças como o câncer de colo de útero? Estratégias de prevenção e rastreamento ofertados pela Estratégia Saúde da Família e formas de conciliar tais ações à rotina diária das mulheres. Conclusão: a realização da intervenção resultou em importantes discussões que ampliaram o olhar do grupo de mediadores sobre as causas e influências que podem contribuir com as decisões em saúde da população e, desse modo, contribuindo para a construção de um processo de formação humanizada, equânime e integral à população.

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Objetivo: Analisar o impacto da COVID-19 na epidemiologia da Hanseníase. Métodos: Tratou-se de um estudo epidemiológico de cunho descritivo, na busca de dados secundários na base de dados SINAN, disponibilizados no DATASUS/TABNET e realizado uma análise estatística descritiva simples com os dados encontrados na literatura. Resultados: Encontrou-se números de diagnóstico e notificações menores entre anos de 2017 a 2021, sendo principalmente entre os últimos anos do estudo, 2019, 2020 e 2021, exatos anos onde a pandemia da Covid-19 se instalou e intensificou, entre os municípios estudados, Juazeiro do Norte foi a mais relevante, sendo a população mais afetada, na sua maioria homens na meia idade, da cor parda com baixa escolaridade. As formas multibacilares foram mais frequentes, revelando uma mais intensa transmissibilidade da doença, assim as ações preventivas para hanseníase devem ser direcionadas para esse público. Conclusão: A pandemia da COVID-19 trouxe um grande impacto no sistema de saúde, tanto para as gestões, os profissionais de saúde e para com a qualidade de prestações de serviço para os indivíduos, sendo estes na atenção primária, secundária ou terciária. Com isso, no ano de 2021 os casos notificados foram de 51 casos, 67 casos a menos do que no ano de 2017.