INTRODUÇÃO: A esquistossomose é uma doença negligenciada que atinge cerca de 200 milhões de pessoas anualmente. Devido ao aparecimento de novas linhagens resistentes aos medicamentos disponíveis no mercado atual, se faz necessário o uso de técnicas computacionais para a descoberta de novos compostos líderes. Enzimas da via de salvação de purinas de parasitas vêm sendo investigadas como um possível alvo terapêutico. Desta forma, almeja-se neste trabalho elucidar, por meio de métodos computacionais, potenciais candidatos a fármacos esquistossomicidas da classe dos análogos da purina, bem como calcular as energias de ligação, em kcal/mol, dos análogos com o sítio ativo da SmHGPRT do Schistosoma mansoni. MÉTODOS: Foram utilizados os softwares Autodocktools para a realização do docking e o Discovery Studio Visualizer para a análise das interações moleculares presentes. RESULTADOS: Dentre os análogos de purinas analisados, a azatioprina apresentou a menor energia de ligação (-8,07 kcal/mol), estabelecendo uma ligação de hidrogênio com a Gly146, em N-6, do seu anel purínico, uma interação relevante no acoplamento fármaco-receptor, além de interações π-sigma e π-alquil com os aminoácidos Ile142, Asp144 e Thr148 do sítio ativo. Quanto à pentostatina (-7,37 kcal/mol) houve formação de duas ligações de hidrogênio com o resíduo Thr148 e uma interação carbono-carbono entre o fármaco e a Glu140. A fludabarina (-6,71 kcal/mol) por apresentar de um átomo de flúor e um grupamento fosfato em sua estrutura, apresentou três ligações de hidrogênio com os resíduos Gly146, Thr145 e Lys172, e interações de Van der Waals com a Thr148. CONCLUSÃO: Por meio de estratégias de modelagem molecular foi possível avaliar o potencial inibitório da enzima HGPRT por ação de análogos de purinas. Os resultados in silico apresentaram caráter satisfatório e podem posteriormente ser refinados, baseado nas diferenças entre a HGPRT humana e a SmHGPRT descritas na literatura.
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