Recebido em 14/1/08; aceito em 4/3/08; publicado na web em 9/4/08 CHEMICAL LANGUAGE AND ORGANIC CHEMISTRY TEACHING. The importance of chemical language and specifically of molecular models and their representations in the development of chemistry is discussed. Structural formulas are projections of molecular models used as a specific language by chemists. The meaningful learning of chemistry requires knowledge of this language. The use of these analogical symbols without the necessary understanding engenders difficulties for the learning of chemistry.Keywords: molecular models; chemical language; chemistry teaching. INTRODUÇÃOHelena Maria C. Ferraz tornou-se conhecida como pesquisadora na área de síntese orgânica e foi também uma professora muito querida por seus alunos. Com ela dividi (N. F. Roque) algumas vezes disciplinas de química orgânica para alunos de graduação e, embora tivéssemos algumas divergências na abordagem dos conteúdos, em um aspecto concordávamos cem por cento: a necessidade da compreensão da linguagem química. Esta é uma homenagem que prestamos à Professora Helena Ferraz.Em seu livro "O que é ciência afinal", Chalmers 1 discute a dificuldade em se definir ciência e, conhecimento científico. Considerando que um conjunto de conhecimentos, sobre um dado assunto, adquiridos através de estudos teóricos e/ou experimentais é um conhecimento científico, o químico trilhou um caminho pró-prio entre as ciências enfrentando a dificuldade de interpretação e descrição dos fenômenos de transformação da matéria, o que levou à criação de uma linguagem química. As transformações materiais -reações químicas -fazem parte dos processos naturais, fazendo parte do dia-a-dia do ser humano desde tempos imemoriais. Um dos fenômenos químicos mais comuns é a transformação do dióxido de carbono (CO 2 ) e da água (H 2 O) presentes na atmosfera em folhas, galhos, raízes, frutos e flores, em suma, no corpo dos vegetais. A combustão é uma outra transformação da matéria também muito comum. Entre as reações de combustão estão as queimas da lenha, do carvão, de combustíveis de carros, de ônibus, de caminhões e de gás de cozinha. A corrosão de metais, como a do ferro produzindo a ferrugem é, também, uma transformação facilmente observável. Essas últimas são transformações da matéria inanimada ao reagirem com o oxigênio presente na atmosfera.Então, por que somente há duzentos anos surgiu uma teoria que explica e descreve, satisfatoriamente, os fenômenos quími-cos?Várias teorias para explicar a formação e a transformação da matéria foram sugeridas, no transcorrer das civilizações. A mais duradoura, defendida pelo filósofo grego Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.), proposta por Empédocles (490 a.C.-430 a.C.) admitia que todos os objetos e seres seriam compostos por proporções diferentes de quatro elementos: terra, ar, água e fogo.2 Embora essa teoria tenha sobrevivido cerca de 2.000 anos ela e muitas outras não conseguiram explicar racionalmente os fenômenos químicos. A teoria atômica empregada, hoje, para explicar os fenômenos químico...
RESUMONeste artigo procuramos mostrar os significados atribuídos pelos estudantes do curso de Licenciatura em Educação do Campo/Universidade Federal da Bahia acerca do Sistema de Complexos Temáticos no trabalho docente. Empregando abordagem de natureza qualitativa, foram coletados e analisados dados por meio de dois planejamentos de ensino elaborados pelos estudantes, utilizando temas do Sistema de Complexos. Entre eles, realizamos entrevistas individuais semiestruturadas para complementar os dados. Os resultados mostram que o Sistema de Complexos Temáticos foi parcialmente incorporado à práxis pedagógica desses estudantes e que houve avanços em relacionar o ensino de conteúdos científicos escolares a questões sociais relevantes, contribuindo para uma melhor compreensão da realidade. Embora os resultados sejam positivos, as dificuldades encontradas durante a formação apontam para a necessidade de se lutar por condições de trabalho nas Instituições de Ensino Superior que possibilitem outros modos de ensinar e formar professores, promovendo sua educação continuada de modo permanente.Palavras-chave: educação do campo; formação de professores; Sistema de Complexos Temáticos. ABSTRACTIn this article we intend to show meanings assigned by students of the Teacher Training Course in Field Education/Universidade Federal da Bahia about 1 Este artigo tem como base a tese de doutoramento de um dos autores. (CUNHA, 2014).
Os conceitos de orbital atômico são fundamentais para a compreensão e a explicação de grande parte da Química, posto que fornecem as bases para a explicação da estrutura molecular. No entanto, sugere-se que a formação dos químicos não contribui significativamente para a aprendizagem de tais conceitos e alega-se que a concepção química de orbital está impregnada de um realismo acrítico. O propósito desse trabalho é argumentar em favor de um ensino superior de Química que considere dois conceitos de orbital atômico no âmbito de uma concepção alargada de realidade. Para tanto, examinaremos a elaboração dos conceitos de orbital como: (a) função de onda monoeletrônica obtida como solução da equação de Schrödinger para um átomo e (b) região do espaço na qual a probabilidade de encontrar o elétron é alta, por meio da análise da literatura química pertinente, expondo os problemas e raciocínios que levaram à elaboração de cada conceito. Também discutiremos a controvérsia acerca da realidade dos orbitais, nos posicionando em favor de um realismo pluralista admite a coexistência de várias realidades independentes condizentes com diversos pontos de vista teóricos. Concluímos pela necessidade do ensino superior de Química tratar os orbitais tanto como funções de onda, quanto como regiões do espaço, cuja existência pode ser concebida de diversos modos, de acordo com o ponto de vista adotado.
Este trabalho tem como objetivo contribuir para superar a fragmentação constatada no ensino dos conceitos de ácido e base, explicitando as razões para sua elaboração e as relações entre os diferentes conceitos ao longo do seu desenvolvimento histórico-cultural. A análise de conteúdo de fontes históricas primárias e secundárias realizada com base na teoria histórico-cultural mostra que tais conceitos se desenvolveram em quatro fases, caracterizados por: propriedades empíricas, composição química, composição e reações de dissociação e/ou associação, estrutura atômico-molecular e reações de adição. Tais resultados sugerem que o ensino siga o desenvolvimento dos conceitos de modo que os estudantes possam compreender os vários processos de elaboração conceitual e suas relações, atentando para as diferentes características atribuídas aos materiais, tanto empíricas quanto teóricas. Ademais, o ensino pode contribuir para a compreensão do caráter teórico e abstrato dos conceitos de ácido e base e dos seus variados graus de generalidade, associados à sua capacidade de discriminação e sua utilidade para a classificação das substâncias. Sugere-se a continuidade da pesquisa.
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