R E S U M O OBJETIVOS.A osteogênese imperfeita (OI) é uma doença genética, caracterizando-se por alterações no colágeno do tipo I, que determinam um espectro amplo de alterações clínicas, como a dentinogênese imperfeita e escleras azuladas. O objetivo deste estudo é estabelecer uma correlação prática no diagnóstico diferencial intergrupos dentro da classificação de Sillence et al. (1979). MÉTODOS. Foram avaliados 22 pacientes mediante critérios clínicos e radiográficos. Após, a subdivisão de acordo com os tipos de Sillence et al. (1979), os pacientes foram também submetidos à avaliação laboratorial e à densitometria óssea. RESULTADOS. Os dados significantes para diferenciação entre os tipos da doença foram a estatura, o número total de fraturas por indivíduo e a densitometria óssea. O cálcio sérico não diferencia os tipos da doença. CONCLUSÕES. Características como a deambulação, a estatura e a densitometria óssea podem auxiliar na diferenciação entre os subtipos dos portadores da doença, repercutindo diretamente no estabelecimento do seu prognóstico.UNITERMOS: Osteogênese imperfeita. Escleras azuis. Dentinogênese imperfeita. I N T R O D U Ç Ã OA osteogênese imperfeita é uma doença determinada geneticamente, na qual está afetada a estrutura e a função do colágeno do tipo I, que representa mais de 90% do colágeno tecidual total, sendo responsável por 70% a 80% do peso seco dos tecidos fibrosos densos que formam o sistema músculo-esquelético 1 . O padrão de herança mais comum é o autossômico dominante, podendo ser, com menor freqüência, recessivo. A alteração é determinada por mutações nos cromossomos 7 e 17, mais especificamente nos Loci COL1A1 e COL1A2, onde ocorre com maior freqüência a substituição da glicina por um outro aminoácido; mutações localizadas nestes Loci determinam principalmente a OI, mas podem também causar, dentre outras doenças, a síndrome de Ehlers-Danlos dos tipos VIIA ou VIIB 2,3 . Um grande número de mutações tem sido descrito, porém a correlação entre o defeito genético específico e o fenótipo produzido ainda é pouco estabelecida 2 . A OI é uma doença rara, ocorrendo um caso em cada 15.000 a 20.000 nascimentos e sua prevalência é de 1 em 200.000 indivíduos 4 . Não há citações na literatura sobre o predomínio em relação à raça ou sexo.A apresentação clínica é heterogênea e variável sendo, no entanto, marcantes a fragilidade óssea, a frouxidão cápsulo-ligamentar, a cor azulada da esclera e a surdez 5,6,7 . No quadro laboratorial, a fosfatase alcalina sérica acha-se freqüentemente aumentada, não sendo observadas, porém, alterações nos níveis sistêmicos do cálcio, fósforo, hormônio da paratireóide ou mesmo da 1,25 vitamina D 1,6,8,9,10,11 . Estudos mais recentes mostram aumento na excreção urinária de cálcio, fósforo, magnésio, hidroxiprolina e glicosaminoglicanos 7,12,13 . Pode ser encontrada aminoacidúria, com a conseqüente diminuição dos aminoácidos séricos 6,8,9 e, mais raramente, podem ocorrer alterações metabólicas que elevam o risco de sangramentos e maior predisposição à hipertermia ma...
OBJETIVO: Analisar os resultados da cirurgia de corpectomia e artrodese por via anterior nos pacientes com fratura tipo explosão da coluna toracolombar e com osteoporose, que foram submetidos a tratamento conservador prévio por no mínimo sete meses, sem melhora importante do quadro doloroso. MÉTODOS: Foram tratadas seis pacientes idosas com fratura-explosão da coluna toracolombar em um único nível, depois de, no mínimo, sete meses do trauma, pela via anterior, com corpectomia, uso de enxerto autólogo de costela e fixação com parafusos pediculares nos níveis adjacentes. A dor foi avaliada pela EVA no pré-operatório, três semanas, três meses, seis meses e um anos após a cirurgia. RESULTADO: As pacientes apresentaram melhora significativa da dor pós-operatória, com diminuição substancial do uso de medicação analgésica. CONCLUSÕES: Os autores recomendam a via anterior isolada como método de tratamento para fraturas tipo explosão crônicas em pacientes com osteoporose pela baixa taxa de complicações e pelos resultados satisfatórios encontrados.
OBJETIVO: avaliar retrospectivamente os resultados a longo prazo do procedimento de discectomia convencional como tratamento de dor ciática causada por hérnia discal lombar. MÉTODOS: análise retrospectiva de 96 pacientes com hernia discal lombar, submetidos à discectomia convencional, com acompanhamento mínimo de dois anos. RESULTADOS: pacientes apresentavam ciática esquerda em 54% dos casos, com hérnia discal extrusa em 60% e 48% no nível L4-5; média de idade de 42 anos, 53% do sexo feminino, VAS médio de 9,6 no pré-operatório e 2,2 no pós-operatório. CONCLUSÃO: a discectomia convencional mostrou-se eficaz no tratamento da dor ciatica originada por hernia discal lombar, com baixo custo e restabelecimento precoce do paciente.
OBJETIVO: estudo retrospectivo de pacientes com lesão dural intraoperatória de cirurgia da coluna vertebral lombar, conduzido por meio de um protocolo independente da extensão da lesão, complicações associadas e resultados após seguimento mínimo de um ano. MÉTODOS: um total de 10 pacientes com durotomia acidental em cirurgias de descompressão e artrodese da coluna vertebral lombar, no período de Janeiro de 2007 a Janeiro de 2009, para tratamento de doença degenerativa, tiveram seus prontuários revisados, após terem sido tratados por meio de um protocolo embasado em reparo primário da lesão, drenagem subaracnoidea fechada, subfascial e subcutânea aspirativa realizados por cirurgião experiente, associado a repouso relativo com mobilidade precoce e terapia medicamentosa. Suas anotações e exames radiológicos foram verificados com seguimento pós-operatório e direcionados para identificação de sintomas sugestivos de complicações. RESULTADOS: todos os pacientes apresentaram boa evolução, sem ocorrência de fístula liquórica ou infecção pós-operatória; três deles apresentaram cefaleia pós-operatória de leve intensidade. Não houve necessidade de reoperação em nenhum desses pacientes. CONCLUSÃO: concluiu-se que a conduta adotada é segura e de bom resultado para os pacientes quando ocorre esse tipo de lesão, independentemente da extensão da mesma.
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