( ) Trabalho apresentado no "International Meeting on Cassava Flour and Starch", Cali, Colômbia, janeiro de 1994. Recebido para publicação em 1.° de março e aceito em 8 de novembro de 1994.( ) Seção de Raízes e Tubérculos, Instituto Agronômico (IAC), Caixa Postal 28, 13001-970 Campinas (SP). RESUMOA falta de regularidade na qualidade culinária das raízes de mandioca de mesa é um dos fatores de restrição à expansão de seu consumo. Raízes cozidas de boa qualidade, entre outras características, devem apresentar-se, quando esmagadas por um garfo, na forma de uma massa não encaroçada, plástica e não pegajosa. O tempo de cozimento culinário correlaciona-se bem com a qualidade da massa cozida, isto é, quanto menor esse tempo, melhor a massa gerada. Dessa forma, neste trabalho, a duração do tempo de cozimento (DTC) foi usada como método indireto e expedito para avaliação da qualidade culinária das raízes de mandioca. Os fatores que interferem na DTC podem ser reunidos em dois grupos: (a) intrínsecos: variação dentro e entre raízes da mesma planta e entre plantas da mesma variedade; (b) extrínsecos: variação em função do genótipo, do ambiente e do estado fisiológico das plantas. Estudos preliminares realizados pelo Instituto Agronômico (IAC) tiveram por objetivos verificar e quantificar a magnitude dessas variações. Foram desenvolvidos dois experimentos de campo, em dois solos distintos, utilizando cinco variedades amostradas mensalmente, do 7.° ao 15.° mês de idade das plantas. A DTC foi determinada a partir de água fervente, em subamostras de cada raiz da planta. Os resultados mais relevantes mostraram que: (a) a DTC diminuiu, de 10 a 14 minutos, da base para a ponta da raiz; (b) a amplitude média de variação entre as raízes de uma mesma planta foi de 11, 10 e 27 minutos, respectivamente, para plantas com 8, 12 e 15 meses; (c) houve diferenças na DTC para variedades (9 minutos) e para tipos de solo (17 minutos); (d) o efeito médio de época de colheita foi de 19 minutos. O período de menor DTC foi do 7.° ao 12.° mês de idade das plantas.Termos de indexação: mandioca de mesa, variedades, tempo de cozimento, qualidade culinária. ABSTRACT CULINARY QUALITY VARIATION IN CASSAVA ROOTSIrregular culinary quality of cassava roots has been one of the major point that restricts its expansion for human consumption. A good quality cassava root, after cooking and smashing with a fork, results in a no stick mass, quite plastic and without grooms. Cooking time is closely related to the quality of the cooked mass, i.e., the shorter it takes to cook, the better the mass produced. Therefore,
Avaliou-se o comportamento de doze cultivares de mandioca de mesa e de dez de indústria em relação à infestação da broca-dos-brotos Neosilba perezi em dois experimentos conduzidos na Estação Experimental de Pariquera-Açu, SP, no ano agrícola 1991/92. A infestação foi avaliada aos quatro meses após a brotação das manivas. Nos dois grupos de mandioca observou-se variações entre os cultivares para resistência a N. perezi. Entre os cultivares de mesa, o mais resistente (IAC 289-70) apresentou média de 0,25 broto broqueado por planta enquanto o mais suscetível (F 4015) teve 2,40. Os cultivares SRT 1140 - Vassourinha amarela, F 5141 e IAC 576-70 tiveram médias inferiores a 1 broto broqueado por planta e não diferiram do IAC 289-70, podendo também ser considerados resistentes. Nos cultivares de indústria a amplitude foi menor entre o menos e o mais atacado, os quais tiveram, respectivamente, 0,40 (IAC 105-66) e 1,35 (SRT 1174). Também foi observada a presença de Ganaspis pelleranoi (Hymenoptera: Eucoilidae), parasitando larvas de N.perezi.
Em cultivos tradicionais de mandioca de mesa (Manihot esculenta Crantz), bons rendimentos quanto à produção e qualidade das raízes, são obtidos a partir de oito a dez meses após o plantio. Plantas submetidas à menor competição resultam em maior produção de raízes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a densidade populacional como instrumento para a produção precoce de raízes comerciais. O experimento foi desenvolvido no ano agrícola de 2001/2002, utilizando-se a cultivar IAC 576-70, em sete densidades populacionais variáveis de 5.000 e 20.000 plantas ha-1, com colheitas aos seis, oito, dez, doze, quatorze e dezesseis meses após o plantio. Obteve-se a produtividade máxima de 26,8 t ha-1 de raízes aos 16 meses, estimada por regressão na densidade de 20.000 plantas ha-1. No entanto, as maiores produções de raízes comerciais ocorrem nas menores densidades populacionais, para todas as épocas de colheita estudadas, devido à menor taxa de descarte de raízes que se observa nas baixas populações. Nas colheitas precoces, aos seis e oito meses, observaram-se as produções comerciais estimadas de, respectivamente, 5,9 e 11,1 t ha-1 com 5.000 plantas ha-1, e 5,0 e 7,2 t ha-1 com 20.000 plantas ha-1. Esses resultados demonstram que, baixas densidades populacionais em mandioca de mesa possibilitam colheitas precoces, aos 6, 8 e 10 meses após o plantio, com bons rendimentos comerciais de raízes.
O período de plantio da cultura da mandioca, no Estado de São Paulo, é extenso, de maio a outubro. Existem grandes diferenças no desenvolvimento de suas plantas e na matointerferência nas diferentes épocas de plantio. Com o objetivo de avaliar a produção e acúmulo de matéria seca das plantas de mandioca cv. SRT 59 - Branca de Santa Catarina, na presença e na ausência de plantas infestantes, foram desenvolvidos quatro experimentos, em quatro épocas de plantio, em blocos ao acaso, com três repetições (com plantio em 30-10-1989) ou quatro (com plantios em 28-6-1989; 30-6-1989 e 23-7-1990). As plantas foram submetidas a períodos crescentes na presença e na ausência de plantas infestantes e amostradas aos 30, 60, 90, 120, 150, 180, 210, 240, 270 e 360 dias a partir do plantio. Análises de crescimento da cultura evidenciaram que, nas parcelas mantidas por períodos no mato, houve drástica redução no acúmulo de matéria seca pelas plantas, estando as perdas de produção de raízes próximas de 90%. As curvas de acúmulo de matéria seca nas raízes foram mais bem explicadas pela equação sigmoidal de Boltzman, embora, para os períodos crescentes na presença de plantas infestantes, para dois dos experimentos, os coeficientes de determinação não tenham sido significativos. As maiores produções de matéria seca nas raízes foram obtidas aos 360 dias do plantio.
The period for cassava planting is very wide in São Paulo State, Brazil, covering the whole dry season (May to October). There are large differences in the plant growth and its interference with the weed community when the planting time is early or late in the dry season. Aiming to study the weed interference on cassava growth and productivity, four field assays were carried out under different planting times (06/28/1989, 06/30/1989, 10/30/1989, and 07/23/1990) in a randomized complete blocks experimental design with three or four replications. The treatments were divided in two groups: in the first one (group 1), the crop was maintained weedy from the planting date to 30, 60, 90, 120, 150, 180, 210, 240, 270 and 360 days. In the second group (group 2), the crop was kept weed free from the planting date to 30, 60, 90, 120, 150, 180, 210, 240, 270, and 360 days. The weed interference reduced drastically the dry matter accumulation by the cassava plants and the root production losses reached up to 90%. The increase in the rate of dry matter accumulation in the cassava roots in the presence of weed could not be analyzed in two assays. In the group 2, all the data were properly analyzed in the four assays. The Boltzman Sigmoidal Equation suited well the data on cassava root dry matter accumulation and provides good prediction models. The best dry matter production was obtained for 360 day old roots
No Estado de São Paulo, além das culturas comerciais que destinam sua produção às indústrias de transformação ou aos mercados hortifrutigranjeiros, a mandioca (Manihot esculenta Crantz) é muito difundida em culturas denominadas de "fundo de quintal". Nesse caso, muitas variedades são cultivadas e utilizadas precipuamente para consumo doméstico, tendo o presente trabalho por objetivo avaliar a amplitude de variação do seu teor de ácido cianídrico (HCN). Foram analisadas raízes de 206 variedades originárias de uma coleta sistemática realizada em 126 municípios paulistas, utilizando-se o método de Liebig, com maceração por 24 horas. Os resultados mostraram que a amplitude máxima de variação do ácido cianídrico foi de 16 a 482 mg.kg-1 na polpa crua das raízes. A maioria das variedades (67,0%) apresentou até 100 mg.kg-1 de HCN, que, apesar de alto em relação aos citados na literatura, sugere que possa ser considerado o limite superior de segurança para variedades de mesa.
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