O artigo testa uma metodologia de comportamento espectral da água para estimar o estado trófico de um lago urbano, através de imagens Sentinel 2 no período de menor pluviosidade. O estudo foi realizado no lago Água Preta em Belém, Pará. Água doce de qualidade é um dos elementos essenciais para o desenvolvimento humano ecossistêmico. A deterioração dos recursos hídricos, tem interferindo diretamente na qualidade da água, por conseguinte, a eutrofização é considerada um dos maiores problemas ambientais. Por tanto, com a necessidade de classificar quanto ao seu estado trófico, o sensoriamento remoto surge como uma possibilidade valiosa de complementar os programas de monitoramento convencionais. Logo, utilizou-se neste estudo, amostras de água para a determinação dos teores de fósforo total e clorofila-a, realizadas nos anos de 2018 e 2019, e imagens da constelação Sentinel 2. Por conseguinte, as imagens passaram por um teste de 28 algoritmos, nos quais, foram selecionadas a de maior correlação com os dados de campo, teores de fósforo total e clorofila-a. Ora, as combinações de bandas de maior correlação, geraram a quantificação de fósforo total e clorofila-a. Ademais, foi calculada a estimativa do índice do estado trófico para o lago Água Preta. A classificação trófica do lago, foi calculada com base na equação específica para ambientes lênticos tropicais, e os resultados foram majoritariamente eutrófico, bem como, a classificação obtida através dos dados de campo. Por tanto, com a utilização do sensoriamento remoto, o índice do estado trófico, o lago Água Preta teve o seu espelho d’água realizado de forma satisfatória. Logo, a utilização de dados a partir de sensoriamento remoto se mostrou uma excelente ferramenta para a análise e monitoramento ambiental de ecossistemas aquáticos, podendo ser utilizada nas águas amazônicas.