Esta pesquisa teve como objeto de estudo o SINTE/SC, analisando as suas estratégias de ações políticas e também a sua relação com a CUT. Desta forma, procurou-se contextualizar o objeto da pesquisa inserido-o no movimento sindical brasileiro no período correspondente a sua delimitação temporal, situando-o na conjuntura de recomposição da organização da classe dos trabalhadores numa época as manifestações popular eram reprimidas. A década de 1980 mantém-se com uma política econômica de arrocho salarial e de alto índice inflacionário. O SINTE/SC não ficou ausente neste período de grandes mobilizações dos trabalhadores e integrou-se nesta onda de manifestações. A partir da década de 1990 começa a implantação da política neoliberal e, conseqüentemente, a diminuição do Estado em relação à aplicação de verbas para as áreas sociais, principalmente os da saúde e educação, o que faz atingir diretamente os trabalhadores em educação. Novamente o SINTE/SC enfrenta os respectivos governos de Santa Catarina que também aplicaram essa política econômica no Estado. Foram coletadas informações para a análise nos documentos escritos, como as documentações dos Encontros e dos Congressos Estaduais realizados pelo SINTE/SC. As seis entrevistas realizadas com suas lideranças também contribuíram para a análise. Diante de todo o conteúdo pesquisado e do pressuposto teórico marxista sobre o movimento sindical brasileiro, principalmente sobre a trajetória da CUT, pode-se perceber que o SINTE/SC também se inclui na configuração desta realidade. Verificou-se também uma determinada independência deste sindicato para cooptar ou não com as estratégias de ação da Central Única dos Trabalhadores.