-We are on the verge of a major shift in the way we perceive digital life, what may cause a significant impact to the real world. Gradually, through increasing knowledge in the areas of artificial intelligence, big data and machine learning, computers have been emulating deceased human beings and, symbolically, with the aid of technology, have been managing to conquer death. This article seeks to understand and problematize the ways in which digital immortality has manifested itself, particularly through digital memorials, chatbots and avatars. Companies like Facebook, Eter9 and Initiative 2045 allow a continuity of life after the death of its users. We analyze, through technical and philosophical questions, imbricated in this discussion, the implications of this digital immortality and how these issues are seen in a differentiated way with the presence of technology.Keywords -Digital Immortality, Digital Legacy, Digital Memorials, Chatbots, Avatars.
I. INTRODUÇÃOSegundo a analista comercial, Susan Etlinger [1], estamos vivendo na era da inteligência artificial. O uso de ferramentas computacionais é cada vez mais frequente, seja na organização de agendas, nas compras de bilhetes para o cinema, na indicação da localização de qualquer restaurante em uma cidade, nas respostas de mensagens em um serviço de atendimento ao cliente. Esses são alguns exemplos do quão confortável, eficiente e prático o uso da inteligência artificial tem se tornado, em especial, pelo uso de Assistentes Pessoais Inteligentes.É fácil esquecer como e quanto interagimos com o meio digital através de diversas formas -redes sociais, e-mails, comunicadores instantâneos, etc -e dispositivos, em especial smartphones, tablets, computadores e notebooks. Tais meios cada vez mais comuns em nosso cotidiano podem ser considerados uma extensão de nossas vidas pessoais; experiências, sentimentos e dados podem ser registrados de forma rápida por meio de fotos, vídeos, áudio e textos. Estes registros, estas informações são bens normalmente negligenciados pelos usuários. Segundo Maciel [14], este conjunto de registros pessoais no meio digital são considerados um bem e são elementos que, após o falecimento de uma pessoa, constituem, de forma similar aos seus bens materiais, parte de todo o seu legado, sendo denominados bens digitais. Assim como bens físicos levam a um legado material, os bens digitais permitem concluir que há a existência de um legado digital.Geralmente, esses legados digitais, por desconhecimento ou falta de interesse são perdidos por não serem considerados uma "posse", no sentido legal, e, portanto, não conseguem ser herdados legalmente. A falta de consciência deste fato, tanto pelos usuários, quanto pelos desenvolvedores, leva a uma perda significativa de informações pessoais, de valor inestimável.Olhando sobre outra perspectiva, que não seja da herança, temos a possibilidade da perpetuação da vida de um usuário por meio da análise e uso dos dados gerados por um usuário em vida. Em especial, focando nas mais recentes aplicações e ...