Tomando a gastronomia típica em associação ao turismo praticado no Arquipélago de Fernando de Noronha/PE, vista sob a ótica das memórias produzidas em seu constructo socioterritorial de representatividade pernambucana, esta pesquisa possuiu abordagem qualitativa, caráter descritivo e exploratório, com uso da netnografia na avaliação do site TripAdvisor, com observação de cinco cardápios de restaurantes do arquipélago, conceituados como excelentes, a fim de analisar o conteúdo e verificar se dentro deles havia memória pernambucana, tendo em vista as impressões que podem ser causadas por esta comida de identidade nas lembranças dos viajantes, tencionando ao regresso ou estimulando visitação de outras pessoas, por meio de uma rememoração positiva, onde comida de identidade local e turismo podem manter um diálogo mais abrangente e proveitoso à vista de um produto turístico gastronômico memorável. Nesse sentido, se encontrou uma memória pernambucana sem muita expressão e presença de um toque de nordestinidade e apontando para um espaço de oportunidades que poderá fortalecer o lugar, o povo e a sua cultura por meio dos seus produtos turísticos gastronômicos memoráveis
Partindo da atual necessidade de refletir sobre uma educação antirracista no currículo, considerando que o conhecimento transmitido dentro das escolas tende a reproduzir uma epistemologia hegemônica ocidental universalizante, desconsiderando a relevância dos negros e dos conhecimentos da história e cultura africana e afro-brasileira no currículo escolar, o presente artigo pretende contribuir para uma reflexão sobre a importância da Lei 10.639/2003 como uma via antirracista no ensino, a qual estabelece as diretrizes curriculares nacionais para o ensino da história e cultura africana, bem como entender como a epistemologia decolonial inserida na prática pedagógica pode promover um ensino antirracista no processo de aprendizagem. O artigo alude sobretudo a uma abordagem sobre raça, apontando como a colonialidade contribui para a reprodução do eurocentrismo, em especial, no livro didático da educação básica. Para a concretização do trabalho, realizamos uma pesquisa bibliográfica, de caráter analítico-descritivo, apoiando-se em artigos de renomados estudiosos como: Munanga (2004); Gomes (2010); Mignolo (2017); Strauss (2012); Grosfoguel (2008) dentre outros. Para tanto, considera-se que a Lei 10.639/2003 é um marco na história da educação, pois contribui para uma educação antirracista, e a epistemologia decolonial é, de fato, uma via para a superação do eurocentrismo e descolonização do currículo escolar.
O presente trabalho aborda questões conceituais sobre o racismo no Brasil relacionadas ao processo histórico de colonização, destacando a criação de um imaginário coletivo hegemônico, eurocêntrico, patriarcal, reproduzido pela ideologia dominante e reforçado por práticas racistas nas relações sociais. Por outro lado, trazemos a decolonialidade como uma ruptura epistemológica que procura romper com as ideologias coloniais dominantes que imperam sobre o pensamento ocidental e aponta saídas para o enfrentamento do racismo estrutural. O aporte teórico se dá pelo olhar decolonial de autores como Walter Mignolo (2017), Anibal Quijano (2009), Molefi Asante (2009), Nah Dove (2017) e Lélia Gonzales (1984) e das questões sobre raça, racismo, anti-racismo e racismo estrutural com autores como Kabengele Munanga (1999), Antônio Sérgio Alfredo Guimarães (1999), Carlos Moore (2007), Antônio Olímpio de Sant`Anna (2004). A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica de caráter exploratório e descritivo. A sociedade precisa acreditar que o racismo existe para ser combatido, ao contrário da forma velada e negacionista como se apresenta no cotidiano brasileiro. Como resultados, temos um imaginário popular para formas de racismo específicos sedimentados culturalmente por um projeto de colonização que impôs e impõe a imagem do negro com características de inferioridade nas mais diversas instituições sociais existentes: racismo estrutural, racismo institucional, racismo midiático, racismo epistêmico e racismo ambiental.
O presente trabalho aborda alguns relatos de experiência a partir da observação de possibilidades turísticas para o quilombo Saco das Almas, em Brejo/MA, após algumas atividades de campo realizadas pelo GEPEMADEC (Grupo de Estudos e Pesquisas em Meio Ambiente, Desenvolvimento e Cultura) no quilombo, nos dias 12/04/19 e 18/05/19. O trabalho tem por objetivo demonstrar as possibilidades turísticas que o quilombo Saco das Almas possui, mas que até o presente momento não são exploradas por falta de apoio e investimentos da comunidade. Metodologicamente, tratou-se de uma pesquisa bibliográfica e exploratória, visto que analisamos os relatórios das visitas dos pesquisadores do GEPEMADEC. A atividade realizada por eles caracterizou-se por uma atividade de campo, com o desenvolvimento de minicursos e oficinas. Como resultados, entendemos que o olhar científico para alguns aspectos culturais do quilombo (lendas, culinária, artesanato, danças) pode nos ajudar a pensar um planejamento turístico específico para o quilombo Saco das Almas, com base em turismo rural, sustentável e participativo para a comunidade em geral.Palavras-chave: Quilombo. Saco das Almas. Turismo. Cultura. Sustentabilidade.
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