Diante do aumento da população mundial, consumo em excesso e consequente poluição ambiental, a busca por alternativas eficientes que contribuam para a descontaminação das águas é de grande relevância. Os efluentes industriais apresentam composição física, química e biológica complexa, sendo que o tipo de matéria prima usada pela indústria definirá sua aparência, coloração, densidade, acidez e basicidade, temperatura e presença de compostos orgânicos e/ou inorgânicos. O descarte incorreto desse passivo ambiental pode causar danos à saúde e prejuízos ao ecossistema. Nesse contexto, a utilização da tecnologia de Wetlands Construídas (WC) para o tratamento de águas residuais industriais tem se tornado uma perspectiva crescente, visto suas inúmeras vantagens face aos tratamentos convencionais, como baixo custo, simplicidade na implantação e alta eficiência na remoção de poluentes emergentes. WC é um mecanismo, composto por lagoas ou canais artificiais rasos, que abrigam plantas aquáticas que possuem um leito filtrante, onde essas espécies vegetais promovem a atenuação de diversos contaminantes presentes no efluente. Assim, o objetivo deste trabalho é realizar uma revisão bibliográfica, preferencialmente no período de (2011/2021), sobre o uso de WC na fitorremediação de efluentes industriais, que ainda é uma alternativa pouco difundida no contexto nacional. Nesta revisão, diversas modalidades de WC que apresentam alto grau de eficiência para remoção de compostos poluentes dos efluentes industriais foram encontradas. Para além do mais, pode-se concluir que a aplicação dessa tecnologia representa a possibilidade de expandir o tratamento descentralizado de efluentes, alcançando diversas localidades de países em desenvolvimento, e também reduzir as emissões de gases de efeito estufa, gerados pelos tratamentos anaeróbios.
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