Rolnik, S.; Guareschi, P.; Andery, A. A.; Groff, A.; Lahorgue, J.; Novo, H. A.; Freitas, M. de F. de Falar sobre Sílvia Lane é expressar sentimentos acerca de um momento em nossas vidas onde compreendemos a real importância de se produzir uma ciência psicoló-gica comprometida com a realidade brasileira e latinoamericana, trabalhando para a libertação de um povo sempre marcado pela desigualdade e pela miséria, tanto material quanto conceitual.Nosso contato com a teoria de Sílvia se deu em sala de aula, quando na leitura de seu livro, O que é Psicologia Social, solicitada por um professor, em uma disciplina da graduação. No entanto, ao iniciarmos a militância no Movimento Estudantil tivemos maior aproximação com a Sílvia professora, pesquisadora e militante. A partir desse momento tivemos a compreensão de que sua teoria não é apenas uma teoria em Psicologia, mas sim, uma teoria que reflete um comprometimento com a real transformação da sociedade brasileira e latino-americana e reflete também a dedicação de toda uma vida em busca de elementos capazes de construir relações opostas ao individualismo, pautadas no coletivo e em valores como a solidariedade e a cooperação.Por termos em nossa atuação, enquanto militantes e dirigentes de uma entidade estudantil, uma postura crí-tica em relação à formação acadêmica e atuação profissional, desejávamos contribuir no processo de consciência de muitos de nossos colegas e, para isso, surgiu a idéia de deixarmos registrado, na história do Curso de Psicologia da Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), a importância que Sílvia tem, pelo vigor de suas idéias, pelo seu carisma, sua criatividade, pela sua radical opção ético-política, pela sua postura crítica e por ser grande incentivadora de gerações de psicólogos envolvidos com a produção de uma psicologia na qual se articulam teoria e prática como elementos indissociáveis.Surgiu, neste momento, a idéia de um diálogo com a professora Sílvia Lane e a realização de uma homenagem para a mesma. Sabendo dos problemas de saúde que Sílvia enfrentava na época, temíamos que sua presença não fosse possível e, por este motivo adiamos a data prevista para o evento, aguardando que Sílvia se recuperasse de uma cirurgia a qual tinha se submetido na época.Enquanto esperávamos a recuperação de Sílvia, debatíamos sua ida para Blumenau e uma evidência se tornava cada vez mais forte; que um diálogo assim qualificado implicava que também precisávamos nos falar e nos ouvir. Então, a idéia inicial de uma palestra se transformava em uma atividade capaz de permitir o necessário exercício de expressão de nossas produções em Psicologia Social, fazendo nascer assim a I Jornada de Psicologia Social da FURB.Sílvia se fez presente em nosso evento, onde foi homenageada, ficando seu nome registrado no Centro Acadêmico que passou a se chamar Centro Acadêmico de Psicologia Sílvia Lane. Muito mais do que o registro do seu nome em uma entidade estudantil, Sílvia nos ensinou a importância do comprometimento que devemos ter com a vida das pessoas.Sílvia dei...
O presente trabalho constitui-se em uma resenha sobre o longa-metragem O Abutre, produção de 2014 dirigida por Dan Gilroy. Iniciamos por uma breve sinopse da obra para, em seguida, trazermos conceitos que serão relevantes a uma posterior análise acerca das contribuições da referida produção cinematográfica aos estudos relacionado à ética em psicologia. As referidas análises são realizadas em diálogo com as teorias de Bakhtin e Espinosa. Destacamos que o longa-metragem proporciona discussões filosóficas a respeito da ética em Psicologia e consideramos potente seu uso em atividades que envolvam essa disciplina em cursos de graduação.
Este trabalho se constitui de relatos e reflexões em torno de um acontecimento educativo, construído com estudantes de uma instituição que oferece atendimentos educacionais a pessoas com deficiência. O contexto deste acontecimento diz respeito à disciplina de Artes e, mais especificamente, ao ensino da música. Foi a partir da introdução dos/as educandos/as à linguagem musical, da composição de letras, arranjos e da gravação de um CD que o ensino da música aconteceu. Reflete-se sobre a construção do acontecimento educativo e os processos de criação envolvidos, sobre o ensino da música na Educação Especial, bem como, acerca do querer a experiência na educação como uma responsabilidade ética do/a educador/a.
Este trabalho tem como objetivo investigar de que forma as recentes pesquisas na área da educação têm abordado a diversidade religiosa no ensino fundamental. Para tal, realizou-se uma revisão sistemática de artigos publicados nas bases de dados SCIELO e BASE, nos anos de 2017 a 2021. Foram analisados sete artigos a partir de duas categorias: 1) a identificação de situações de racismo religioso; 2) estratégias de contraponto ao racismo religioso. Foram citados fenômenos que impelem à abordagem do racismo religioso no ensino fundamental, como o avanço neopentecostal, a debilitada formação docente e o hábito do(a)s professore(a)s cristão(ã)s de balizar os fenômenos pedagógicos pelos seus valores religiosos subjetivos. Uma parte significativa das pesquisas feitas aponta para a necessidade de se educar para a compreensão das diferenças como algo que compõe o patrimônio cultural humano.
Este artigo tem como objetivo refletir sobre uma ética das experiências, identificando alguns elementos que operam na relação entre crianças que frequentam um terreiro de Batuque jeje-ijexá educação das entrelinhas, e também com as demais crianças da comunidade do entorno do referido terreiro. Para tanto, partimos das reflexões sobre racismo estrutural a partir de Almeida (2019), Passos (2015) e Munanga (2003), e sobre intolerância religiosa e racismo religioso de Nogueira (2020). Como metodologia, utilizamos a análise do discurso de Bakhtin (2010), apresentando três cenas e tecendo diálogos com as categorias ética e experiência de Benjamin (1994; 2002; 2013) e com a perspectiva da ética Ubuntu de Noguera (2012). Compreende-se que existem intersecções sociais e da ordem étnico-racial que engendram as relações analisadas neste artigo, e que nos dão pistas para compreender uma ética das experiências vivenciadas como condição de possibilidade para pensarmos a educação das entrelinhas por crianças. .
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