Objetivou-se avaliar o impacto da variação de peso da vaca durante a gestação no desenvolvimento e nas características produtivas da carcaça e da carne de novilhas abatidas aos 18 meses de idade. Foram utilizadas 35 vacas e sua progenie. Os tratamentos avaliados foram determinados de acordo com a variação de peso da matriz durante a gestação, expresso em porcentagem do peso vivo da matriz no final do período de reprodução. Os tratamentos foram: G10, vacas que ganharam de 0,1 a 10,0 % do peso vivo durante a gestação; P10, vacas que perderam de 0,1 a 10,0 % do peso vivo durante a gestação; P20, vacas que perderam de 10,1 a 20,0 % do peso vivo durante a gestação. Os dados foram analisados estatisticamente através de análise multivariada e da técnica de componentes principais. As variáveis PNAS, PAJDESM, PAJ365, PAJ420, PAJ540, GMD, RCQ, RCF, AOL, GORD, ICC, DIAN, COST, CON, MAT e EGS não foram influenciadas pelo desempenho materno durante a gestação. Já o PCQ, PCF, MUSC, OSSO, TRAS e MARM apresentaram correlação significativa com dois componentes principais. O tratamento G10 apresentou maiores valores para PCQ, PCF, TRAS, MUSC e MARM, ficando localizadas no quadrante I. O tratamento P10 apresentou maior quantidade de OSSO na carcaça, no quadrante IV. Já o tratamento P20 ficou localizado no quadrante II, apresentando os piores valores para as referidas variáveis. A variação de peso da vaca durante a gestação não influencia no desenvolvimento da progênie, porém impacta nas características de carcaça e carne.
O Brasil figura entre os principais produtores de carne bovina, sendo o principal exportador deste alimento e detentor do segundo maior rebanho mundial. A produção de carne bovina brasileira, frequentemente vêm sendo associada como geradora de grande impacto ambiental, porém as particularidades do sistema de produção brasileiro baseado em pastagens costuma não ser levado em consideração. Em função destes fatos o objetivo desta revisão bibliográfica foi de reunir informações e discutir o passivo ambiental associado aos sistemas de produção de bovinos de corte no Brasil. Foi possível identificar, que há uma grande variação nas emissões entre os sistemas produtivos de acordo com a localização geográfica. A produção de bovinos em pastagens bem manejadas, bem como o emprego de algumas tecnologias como a suplementação, seja com alimentos volumosos ou concentrados visando reduzir o vazio forrageiro podem reduzir significativamente o passivo ambiental desta atividade. A emissão de gases do efeito estufa pela bovinocultura de corte brasileira é semelhante ou até mesmo inferior à dos demais países.
A condição nutricional e fisiológica da vaca durante a gestação tem sido associada com a formação fetal e desempenho futuro da progênie. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos do histórico da vaca gestante sobre o desempenho da progênie. Foram utilizadas 343 vacas de corte Charolês e Nelore, sendo divididas conforme o histórico reprodutivo: vacas prenhas que repetiram prenhez (P); vacas vazias que emprenharam (V). Os dados foram coletados durante 5 anos no rebanho experimental. Vacas V apresentaram maior escore de condição corporal (ECC) (2,83 vs 3,05 pontos) e peso corporal ao final da estação reprodutiva (462,72 vs 478,82 kg), além de menor ECC ao parto (2,58 vs 2,64 pontos) e maior perda de peso durante a gestação (-35,17 vs -13,34 kg) em comparação às vacas P. O peso ajustado aos 205 dias de idade foi maior na progênie de vacas P (140,54 vs 139,35 kg), sem efeitos aos 365 e 540 dias (P>0,05). O desempenho aos 7 meses de idade foi maior na progênie de vacas P (0,517 vs 0,502 kg/dia), enquanto que a progênie de vacas V foi superior aos 12 e aos 18 meses de idade, com valores respectivamente de 0,558 vs 0,397 e 0,379 vs 0,351 kg/dia. Bezerros de vacas P apresentaram maior valor de Kleiber aos 7 meses, enquanto que a progênie de vacas V foi mais eficiente aos 12 meses. O histórico reprodutivo da vaca influencia o desempenho da progênie, onde vacas vazias produzem bezerros com maior potencial produtivo na vida adulta.
O objetivo deste trabalho foi a valiar o comportamento ingestivo de vacas de corte submetidas à diferentes níveis nutricionais no terço final de gestação. Foram utilizadas 18 vacas prenhas das raças Charolês e Nelore, divididas nos tratamentos: Baixo (exclusivamente em pastagem natural); Médio (suplementação para atender as exigências de mantença); Alto (suplementação para atender 150% das exigências de mantença). O delineamento experimental inteiramento casualizado com seis repetições por tratamento e três períodos de avaliação foi utilizado. O tempo destinado a outras atividades aumentou com o avançar da gestação e a medida que o nível nutricional neste período também aumentou, com valores de 0,96; 1,86 e 3,24 horas dia-1 para os tratamentos Baixo, Médio e Alto respectivamente. Vacas do tratamento Alto demonstraram serem mais seletivas, uma vez que apresentaram menor tempo por estação (6,96 vs 9,18 e 10,19 segundos) e percorreram maior número de estações por minuto (9,51 vs 7,06 e 7,31) em relação às vacas Baixo e Médio, respectivamente. Menor tempo por bocado (1,45 segundos) e consequentemente maior taxa de bocados (41,86 bocados/min) foi obtido nas vacas Baixo em relação às vacas Médio e Alto. Maior seletividade e eficiência de pastejo ocorreram ao final da gestação, com menor deslocamento entre estações (1,03 passos) e menor tempo em cada estação (6,42 segundos) resultando em maior número de estações/minuto (10,01 estações). Vacas do nível Baixo apresentam maior eficiência na apreensão do pasto, enquanto que vacas suplementadas apresentam maior seletividade. Com o avançar da gestação, vacas aumentam a seletividade do material ingerido para atender maiores demandas metabólicas associadas a menor capacidade de consumo.
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