ResumoO artigo tece reflexões sobre a Psicologia Educacional a partir da construção de um processo de pesquisa em duas escolas públicas da periferia de Fortaleza-CE. A pesquisa adotou a perspectiva teórico-metodológica da pesquisa-intervenção com base na Análise Institucional francesa e propôs investigar o entrelaçamento entre escola pública, mídia e juventude. O objetivo do artigo foi discutir as relações intraescolares evidenciadas na dinâmica da pesquisa, com ênfase no aspecto metodológico, no processo de pesquisar com as escolas. Os procedimentos utilizados foram restituições, observações participantes, conversas com gestores e oficina de vídeo. Acontecimentos analisadores evidenciaram relações intraescolares atravessadas pela indisciplina e pelos usos não autorizados da mídia em sala de aula, assim como repercussões do mundo laboral no cotidiano escolar: competição, profissionalização e falta de tempo. A análise do processo de pesquisar COM jovens e COM escolas trouxe diversos questionamentos e a compreensão de que a invenção de novas práticas e a (re)invenção da pesquisa são fundamentais. Palavras-chave:Escola; pesquisa-intervenção; juventude. Searching with young people in school: the challenges of intervention research in two school settings AbstractThe article is about some reflections on the Educational Psychology from the construction of a research process in two public schools on the outskirt of Fortaleza. The research adopted the theoretical and methodological perspective of intervention research based on French Institutional Analysis and proposed to investigate the connections between public school, media and youth. The purpose of this article was to discuss the relations among the people inside the school highlighted by the dynamics of the research, with emphasis on methodological aspect in the process of research with schools.The procedures used were the refunds, participant observations, conversations with managers and video workshop. The events analyzers showed the relations among the people inside the school were traversed by the indiscipline and the unauthorized uses of media in the classroom, as well as repercussions of working life in school life; competition, professionalism and lack of time. The analysis of the research process WITH young and WITH schools brought many questions and the understanding that the invention of new practices and the (re) invention of research are fundamental.Keywords: School; research intervention; youth. Pesquisando con jóvenes en la escuela: desafíos de la pesquisa-intervención en dos contextos escolares ResumenEl artículo hace reflexiones sobre la Psicología Educacional a partir de la construcción de un proceso de investigación en dos escuelas públicas de la periferia de Fortaleza-CE. La investigación adoptó la perspectiva teórico-metodológica de la pesquisa-intervención con base en el Análisis Institucional francesa y propuso investigar el entrelazamiento entre escuela pública, media y juventud. El objetivo del artículo fue discutir las relaciones infra-esco...
Introdução: Quando o diagnóstico de câncer infantil é comunicado aos pais, provoca a sensação de subversão da ordem natural da vida e a possibilidade de morte de um ser que está em pleno desenvolvimento, suscitando nos familiares sentimentos de medo, ansiedade, angústia e desespero. para garantir o processo de cuidado, faz-se necessário um rearranjo familiar, a fim de que a criança seja acompanhada por um dos familiares em todas as etapas do tratamento. nas práticas de cuidados de saúde no contexto familiar, na maioria das vezes, o cuidado é desempenhado pelas mulheres, e no caso da oncopediatria, as mães. As mães acompanhantes têm que se adaptar ao novo cotidiano, tendo muitas vezes que se mudar para a metrópole, deixar o cuidado dos demais filhos com outros familiares e abandonar o emprego e os afazeres domésticos. a permanência do acompanhante ao lado da criança com câncer o torna um agente importante no cuidado e no tratamento, uma vez que possibilita à criança uma sensação de familiaridade e segurança no ambiente hospitalar. Portanto, são realizadas intervenções psicológicas com o acompanhante, que indiretamente também repercutirão positivamente no tratamento do paciente. Objetivos: o presente trabalho busca descrever o perfil sociodemográfico e assistencial e avaliar as demandas por escuta psicológica de mães acompanhantes cujos filhos realizaram exames invasivos para diagnóstico ou avaliação da evolução do tratamento do câncer em um serviço de referência em oncologia pediátrica. As intervenções psicológicas foram realizadas na sala de espera de exames invasivos da instituição. Métodos: Realizou-se um estudo exploratório transversal descritivo a partir da análise dos registros das intervenções psicológicas realizadas na sala de espera da referida unidade no período de 01.09.2011 a 31.08.2012. Resultados: Foram realizados 505 atendimentos. Os dados sociodemográficos dos acompanhantes revelam que 85,05% são mães entre 19 e 40 anos (72,48%). 62% são provenientes do interior do Estado e 74% cursaram até o Ensino Médio. Quanto à demanda dos acompanhantes por escuta psicológica, 62,19% foram realizadas de forma individualizada e 24,39% com a díade acompanhante/paciente acima de 11 anos. Conclusões: a mãe acompanhante, diante dos exames invasivos, depara-se com medos e expectativas acerca do êxito do tratamento e do seu esforço do cuidado materno. Desse modo, necessitam verbalizar. a fala, nesse contexto, supõe a necessidade premente de organização psicológica para estar presente nos momentos de tensão, por isso demandam ser escutadas. Nesse contexto, a psicoterapia breve de apoio se configura como uma estratégia importante para alívio da ansiedade, além de proporcionar o fortalecimento de recursos psicológicos de enfrentamento e aceitação da doença. Os resultados permitiram aprimorar as intervenções psicológicas na sala de espera, tornando-as adequadas às demandas e à escolaridade das acompanhantes.
um centro de tratamento do câncer infanto-juvenil, as intervenções psicológicas têm o objetivo de prestar assistência a pacientes que serão submetidos a exames invasivos, tais como: Biópsia Óssea, Mielograma e Punção Lombar; assim como aos seus acompanhantes. em sua maioria, a díade apresenta sinais claros de ansiedade e medo devido às situações que permeiam a realização e o resultado dos procedimentos. Tal fato se deve, em parte, pelo desconhecimento sobre o que se passa no centro cirúrgico. Assim, a realização dos exames é carregada de fantasias e medos que geram grande ansiedade e dificultam a realização dos procedimentos. por esses motivos, decidiu-se construir um álbum seriado lúdico que mostra diretamente, por meio de fotografias reais editadas, todo o ambiente do centro cirúrgico e as características particulares de cada exame. Dessa maneira, as díades têm a oportunidade de abandonar as explicações mágicas e egocêntricas e pode compreender a doença de uma forma mais lógica. Objetivos: Identificar dados sócio demográficos e assistenciais dos sujeitos envolvidos; verificar e comparar o conhecimento dos sujeitos da pesquisa acerca dos exames, bem como conhecer/analisar o estado emocional desses frente aos exames, antes e depois da apresentação do álbum seriado. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e prospectivo, com metodologia qualitativa. o estudo teve início em Julho 2013 com previsão de término em Junho 2014. a coleta de dados foi realizada de 01 de setembro a 30 de novembro de 2013, tendo como público-alvo pacientes, a partir de sete anos de idade, de ambos os sexos, em fase diagnóstica ou em tratamento do câncer e acompanhantes acima de 18 anos que consentiram livre e esclarecidamente com tal colaboração. Resultados: Foram coletados 45 protocolos, durante o período citado, e verificou-se em relação aos dados sociodemográficos que 86% dos pacientes eram adolescentes, 72% com ensino fundamental incompleto e 86% estavam realizando o exame para controle da doença, ou seja, já o tinham realizado mais de uma vez. no que se refere aos acompanhantes, 87% eram mães e adultas, e 35% tinham ensino médio completo, além disso, constatou-se que em 52% dessa população, o paciente já havia realizado o exame anteriormente. a análise qualitativa encontra-se em andamento. Conclusões: Considera-se, através dos dados iniciais, que o álbum se mostrou como um importante recurso de mediação entre a equipe de Psicologia e os pacientes, e configurou-se como um instrumento para a realização de intervenções psicoeducativas que podem ajudar no conhecimento sobre a doença, no ajustamento emocional, na criação de estratégias de enfrentamento, na colaboração e adesão ao tratamento e, principalmente, na melhoria da qualidade de vida do paciente, que se sente mais autônomo, implicado e participante desse processo.
A adolescência é um período que traz mudanças a nível corporal e social. É o período em que surgem novas possibilidades e escolhas, mudanças hormonais e a descoberta de impulsos sexuais, sentimentos e novas vivencias em relacionamentos fora do contexto familiar. no entanto, mesmo a adolescência trazendo o sentimento do novo, o adolescente não está imune de um fator que pode desencadear mudanças irreversíveis: o câncer. Sendo assim, o tratamento pode modificar a autoestima e sua forma de lidar com o mundo, além de alterar a rotina e trazer mudanças de sonhos e investimentos. Pautando-se em uma estratégia de fortelecimento da autonomia dos usuários, em 2013 foi iniciado um grupo de apoio aos adolescentes com câncer, com a participação das equipes de Psicologia e Terapia Ocupacional de um centro hospitalar de tratamento oncológico infantojuvenil. o grupo era aberto e tinha caráter educativo e de apoio emocional. o objetivo do presente trabalho é relatar a experiência de atuação no grupo, levantando aspectos significativos à temática e explanando sobre os resultados iniciais dos encontros. a relevância do grupo se deu pela importância de um olhar diferenciado para o adolescente com câncer, reconhecendo que a doença não anula as particularidades dessa fase, observando se existem e quais são as mudanças significativas nesse processo de tratamento, além de prestar apoio ao adolescente com câncer, no que tange a suas demandas relacionadas ao adoecimento e hospitalização, bem como a demandas outras relacionadas ao seu modo próprio de ser e estar no mundo. o grupo de Apoio ao Adolescente com Câncer ocorria semanalmente, pelo período de duas horas no espaço do hospital destinado aos adolescentes, local de apropriação e identificação pelo público-alvo. a faixa etária de frequentadores variou de 11 a 17 anos e teve boa aceitação pelos profissionais, familiares e, principalmente, pelos pacientes. Foram realizados 11 encontros, com participação de, em média, 5 adolescentes por encontro; os temas eram escolhidos por eles e os mais discutidos foram sobre relações sociais: amizades, família, infância; questões de cunho social: regras, preconceito; e questões relativas à doença e ao tratamento. Utilizou-se dinâmicas, letras de músicas e outros recursos que possibilitaram a maior participação dos integrantes e tornaram os encontros mais interativos. Percebeu-se que o grupo promoveu cooperação entre os membros, além de propiciar um suporte acerca da hospitalização e do tratamento; formaram-se vínculos entre os participantes e os mesmos tornaram-se mais solícitos à equipe de saúde. a estratégia do grupo de apoio "deu voz" aos usuários que tornaram os encontros momentos de debate, trocas e vivências; auxiliando na adesão ao tratamento, fortalecendo a autonomia dos integrantes e possibilitando o protagonismo no processo saúde-doença.
Introdução: o estigma que acompanha o câncer infantil faz com que a sua terapêutica seja fator causador de sofrimento psicológico. a falta de informações acerca do processo de adoecimento, a dor causada pelos procedimentos invasivos e pelos efeitos colaterais, a espera, o medo da anestesia e a ansiedade ante o resultado dos exames são alguns fatores causadores de sofrimento psicológico que podem dificultar a adesão ao tratamento por parte dos pacientes. em decorrência disso, a relação dos pacientes com seu tratamento e com o hospital pode se transformar em um processo angustiante e ansiogênico. por esses motivos, justifica-se a realização do projeto Sala de Espera em um serviço de oncologia pediátrica de referência no Estado do Ceará, que proporciona atendimentos psicológicos, por meio de intervenções lúdicas e psicoeducativas, bem como de escuta psicológica. Objetivos: o presente trabalho visa a analisar o perfil e as demandas psicológicas de pacientes que realizaram procedimentos invasivos e seus acompanhantes, buscando também aprimorar as ações de um programa de extensão. Métodos: Realizou-se um estudo exploratório transversal descritivo, no qual foram analisados registros dos atendimentos psicológicos do período de 01.09.2011 a 31.08.2012 em sala de espera da unidade de procedimentos, com dados sociodemográficos e assistenciais fornecidos pelos acompanhantes. Utilizou-se estatística descritiva com cálculo de frequência relativa e absoluta. Resultados: Foram realizados 505 atendimentos com o seguinte perfil: 41,58% dos pacientes tem entre 3 a 6 anos de idade, a maioria é proveniente do interior do Estado (62%). em relação aos exames, 43% realizaram punção lombar e 28% mielograma. para 63%, a realização dos procedimentos tinha como objetivo o acompanhamento do tratamento do câncer: 68% com leucemias e 17% com tumores sólidos. 55% desses pacientes são oriundos do serviço de oncologia. dos acompanhantes, 85,05% são mães entre 19 e 40 anos (72,48%). 74% cursaram até o Ensino Médio. dos atendimentos, 41,18% foram intervenções lúdicas: 55,28% individuais e 39,90% com participação do acompanhante. 16,23% foram escuta psicológica: 62,19% com acompanhantes; 24,39% com acompanhantes/pacientes e 13,41% com pacientes, a maioria com 11 anos ou mais. 3,56% foram intervenções psicoeducativas e 33,86% envolveram diversas intervenções em um mesmo atendimento. Conclusções: a partir do estudo, pode-se constatar que os pacientes são predominantemente pré-escolares, em franco desenvolvimento cognitivo e emocional, com neoplasias linfo-hematopoiéticas, submissos a procedimentos invasivos. Demandam intervenções lúdicas para redução da ansiedade e ressignificação de suas experiências. Mães demandam intervenções psicológicas e psicoeducativas para trabalhar angústias e dúvidas. Adolescentes apresentam demanda similar. Os resultados permitem ao programa de extensão focalizar intervenções adequadas à idade, patologias predominantes, cultura e escolaridade dos usuários.
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