Introduction. Serrated adenomas of the appendix are rare and usually found during appendectomy or autopsies. The preoperative diagnosis of these tumors is uncommon. This report describes a case of a sessile serrated adenoma located in the appendix diagnosed by a screening colonoscopy and successfully treated by laparoscopic removal. Presentation of Case. An 86-year-old woman underwent colonoscopy to investigate the cause of her diarrhea, weight loss, and anemia. During the colonoscopy, an expansive and vegetating mass of 1.5 cm in diameter was identified, protruding through the appendicular ostium with slightly lateral growth to the cecum. The patient was referred for laparoscopic surgical resection due to the location of the lesion, which did not allow its removal by colonoscopy. She underwent wedge removal of the cecum without complications and was discharged on the 4th postoperative day. Histopathological examination showed the presence of a sessile serrated adenoma with an intramucosal adenocarcinoma. The patient is currently well one year after surgery, without endoscopic signs of relapse. Conclusion. Despite serrated adenomas being a possibility rarely described in appendix it should be recognized and properly treated because it is presenting a higher risk of cancer.
A biópsia hepática percutânea é um procedimento rotineiramente utilizado no pós-operatório de transplante hepático na investigação de causas de aumento enzimático; apresenta taxa total de complicações de 0,9 % a 3,7 %, sendo a principal delas hemorragia. Relatamos o caso de um paciente do sexo masculino de 52 anos com diagnóstico de cirrose hepática por hepatite C e álcool submetido a transplante hepático com enxerto inteiro pela técnica de piggy back há 20 meses. Evoluiu sem complicações no pós-operatório e iniciou seguimento ambulatorial no Hospital de Clínicas da Unicamp (HC-Unicamp). Como apresentava difícil adequação aos imunossupressores, optou-se por submetê-lo à biópsia hepática percutânea em regime hospitalar para avaliação de possível rejeição celular. Evoluiu um dia após a biópsia com dor abdominal e aumento significativo de enzimas hepáticas, além de queda de três pontos de hemoglobina, tendo sido diagnosticado grande hematoma hepático subcapsular por Tomografia Computadorizada Multislice de abdome. Houve boa evolução com tratamento não operatório do hematoma, necessitando de transfusão de apenas um concentrado de hemácias, sem necessidade de transfusão de outros hemoterápicos. Permaneceu em observação hospitalar por sete dias, tendo tido alta em boas condições e reiniciando seguimento ambulatorial. A biópsia percutânea de fígado é procedimento invasivo, porém muito importante na avaliação e seguimento de pacientes transplantados hepáticos, podendo influenciar na terapia imunossupressora, assim como diagnosticar quadros de recidiva viral e possibilitar tratamento nesses casos. No entanto, não é isenta de complicações inerentes ao procedimento, como aqui relatado, devendo sua indicação ser sempre bem avaliada e neste caso pode ser conduzida de forma conservadora.
Introdução: A trombose de artéria hepática é uma complicação frequente no pós-transplante hepático (varia de 2,0- 20%), ocorrendo precocemente (30 dias após transplante) em 46,7% das vezes, e necessitando novo transplante em aproximadamente metade dos casos (53,1%). A síndrome antifosfolípide é definida como presença de trombose arterial e/ou venosa associada a anticorpos contra fosfolipídios. A incidência de SAF foi estimada em cinco novos casos/ 100000 pessoas/ ano. A ocorrência de trombose precoce de artéria hepática pós-transplante secundária à síndrome antifosfolípide é evento raro. Métodos: Relato de caso de um paciente submetido a três transplantes hepáticos por trombose de artéria associada à positividade de anticorpo anticardiolipina. Resultados: Paciente masculino, 49 anos, cirrótico por vírus C, sem antecedentes pessoais trombóticos, incluído em lista de transplante hepático por apresentar à tomografia computadorizada, nódulo de 4,2cm no segmento VI hepático compatível com Carcinoma Hepatocelular. Submetido a transplante hepático sob a técnica de Piggy Back. Apresentou ao Ultrassom Doppler de controle, ausência de f luxo em artéria hepática, confirmado por angiotomografia. Submetido a novo transplante no 13º dia pós-operatório. Nova tomografia de abdome não identificou f luxo arterial intra-hepático, e evidenciou extensa área de infarto no terceiro pós-operatório. Iniciada investigação de trombofilias, com positividade para pesquisa do anticorpo anticardiolipina. Submetido a terceiro transplante hepático, quando foi optado pela confecção de anastomose aorto-íliaco-hepática, através da interposição de enxerto de artéria ilíaca do doador. Paciente com boa evolução clínica, apresentando f luxo arterial intra-hepático aos exames de imagem de controle. Recebeu alta hospitalar no 10º dia pós-operatório. Discussão e Conclusão: Mortalidade por trombose precoce de artéria hepática de 33,3%; tempo médio de diagnóstico em torno de sete dias; principais fatores de risco (tempo operatório prolongado, baixo peso do receptor, discordância entre sorologia do doador e receptor para CMV). Encontrada correlação entre IgM anticardiolipina e eventos trombóticos (p= 0.004). Achados sugerem que a anticardiolipina está elevada em pacientes com insuficiência hepática e pode estar associada à patogênese da trombose arterial. Não há na literatura consenso sobre o uso profilático de anticoagulantes nesses casos.
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