Objetivo: Ter evidências do que contribuiu para o distanciamento entre as contas correntes observada e teórica do modelo intertemporal da conta corrente, tendo em vista que o modelo para o Brasil demonstra não ser suficiente para explicar os movimentos observados, não sendo compatível com a hipótese teórica de suavização do consumo ao longo do tempo, por meio de aquisição e venda de ativos no mercado financeiro internacional. Procedimentos Metodológicos: Utilizando a metodologia proposta por Huang (2010), investiga-se se a inclusão das variáveis taxa real de juros mundial e termos de troca ao modelo básico, para o caso brasileiro entre 1970 e 2010. Ainda que os resultados sejam favoráveis à inclusão daquelas variáveis, a conta corrente teórica não se ajusta totalmente à observada, resultado possível de se deparar na literatura em torno do tema. Na tentativa de avançar neste ponto da análise, o método VAR é combinado com o QCA com o objetivo de complementar a análise para ter evidências do que poderia ter contribuído para o distanciamento entre as contas correntes observada e teórica, entre 1980-2002. Resultados: As configurações específicas e consistentes obtidas fornecem indícios de que o distanciamento entre as contas ocorreu em cenário de maior troca, pelo setor privado, de ativos diferenciados para a produção futura. Originalidade: A utilização do método QCA complementar à análise do modelo intertemporal da conta corrente. A despeito da defasagem temporal dos dados em estudo, a estratégia metodológica de combinação dos métodos permite obter interações específicas entre variáveis que não compõem o modelo, mas são apontadas como possíveis explicações para o resultado obtido.
RESUMO Este trabalho investigou a influência da volatilidade cambial sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos entre janeiro de 1999 a fevereiro de 2017. Para tanto, empregou-se o teste de fronteira de Pesaran em uma estrutura ARDL. Adicionalmente foram construídas medidas não lineares para a volatilidade cambial a fim de verificar se choques positivos e negativos no câmbio afetam igualmente sua volatilidade. As medidas não lineares propostas indicaram que choques positivos no câmbio implicam em maior volatilidade para os períodos seguintes. Os resultados dos testes de Pesaran mostraram que a influência a longo prazo da volatilidade cambial nas exportações é similar para as diferentes medidas, contudo, os modelos considerando medidas não lineares obtiveram mais relações positivas do que os com medidas lineares. Os setores negativamente afetados foram produtos com dependência do capital externo e produtos manufaturados ou com baixo valor agregado. Os setores positivamente afetados foram produtos sem dependência do capital externo ou com demanda altamente elástica.
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