Este artigo discute a percepção que ativistas das Jornadas de Junho de 2013 têm sobre sua participação em tais protestos. Ele parte da literatura contemporânea sobre confronto político e organizações de movimentos sociais para abordar a forma singularizada como sujeitos projetam a si mesmos e a seus coletivos como protagonistas de um evento que é caótico e gigantesco. Em diálogo com os debates sobre ação conectiva e sobre o crescente questionamento de estruturas hierarquizadas de organização política, o texto explora o modo como muitos sujeitos se colocam no centro de acontecimentos que eles mesmos reconhecem os terem atropelado. A partir de 50 entrevistas realizadas em São Paulo e Belo Horizonte, aborda-se essa ambivalência paradoxal entre o ser atropelado pela história e o ser dela protagonista. Não se deseja argumentar que tal ambivalência seja fruto de um narcisismo individualista, mas que a grandiosidade disruptiva representada por Junho emerge, justamente, dessa articulação reticular de protagonismos.
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