O presente estudo tem como objetivo analisar as intervenções farmacêuticas com enfoque na prevenção de problemas relacionados à farmacoterapia. Esse estudo possui uma abordagem quantitativa e de caráter transversal e descritivo. Os dados foram obtidos no recorte do período de janeiro a novembro de 2021. Foram incluídos neste estudo todos os pacientes internados em um Hospital Universitário de Sergipe, dentro do período descrito anteriormente, que necessitaram de intervenção farmacêutica. Para tanto, as variáveis de interesse analisadas foram divididas em três eixos: I) dados dos pacientes: a) idade, b) sexo e c) comorbidades; II) os problemas relacionados com medicamentos detectados e III) intervenções farmacêuticas realizadas e sua aceitabilidade. Após a coleta, os dados foram registrados separadamente em planilhas do Microsoft Excel® e analisadas por técnicas de tendência central. A população estudada compreendeu 357 pacientes, sendo do sexo masculino (53,5%; n=191), com ao menos uma comorbidade, em suas maiores partes hipertensão (48%; n=205), diabetes (27%; n=115) e dislipidemia (6%; n=26). A maior parte das intervenções (64%; n=325) foram aceitas e dessas a maioria estava relacionada ao ajuste de dose, medicamento em falta, necessidade de medicamento adicional e via de administração. Das intervenções farmacêuticas que não foram aceitas, observou-se que 26% (n=129) dos prescritores não justificaram e 10% (n=52) justificaram. Diante dos resultados apresentados, pode-se perceber que a grande parte das intervenções farmacêuticas foram aceitas, o que pode estar relacionado com o avanço da compreensão do papel do farmacêutico clínico na equipe de saúde. Estas mudanças trazem benefícios nos desfechos clínicos e nos parâmetros da farmacoeconomia, uma vez que, a atuação da equipe multidisciplinar visa promover uma farmacoterapia adequada e segura para o paciente, através da prevenção de problemas relacionados a medicamentos bem como do seu uso racional.
O presente trabalho objetivou descrever a elaboração de um protocolo de uso dos inibidores de bomba de prótons na profilaxia de lesão aguda de mucosa gástrica (LAMG). Trata-se de um estudo de caráter transversal e descritivo, do tipo relato de experiência, que foi desenvolvido no período de junho a outubro de 2021. O protocolo foi elaborado baseado no modelo proposto por Stetler (1998) que consiste nas seguintes fases: 1) estabelecimento dos propósitos da revisão de literatura; 2) análise crítica dos estudos; 3) coleta de dados; 4) construção do protocolo. Foi realizada uma revisão bibliográfica nas bases de dados Pubmed, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), UpToDate e Scielo. O uso crônico de inibidores de bomba de protons não respaldado por evidências clínicas, ainda são marcantes no cenário nacional e mundial. Nesse sentido, os protocolos institucionais surgem como uma alternativa que visa reforçar a segurança e eficácia de cuidados clínicos, racionalizar e uniformizar as prescrições e, consequentemente, reduzir custos.
Introdução: A Atenção Farmacêutica pode ser entendida como: “um conjunto de práticas realizadas pelo farmacêutico, visando à orientação do paciente quanto ao uso correto de medicamentos” (DOBLINSKI et al., 2006). O uso correto dos medicamentos é etapa fundamental para os processos de prevenção e reabilitação em saúde. Nesse sentido, o Uso Racional de Medicamentos (URM), entendido pela OMS, 1985, como “quando pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade”, consiste em uma das práticas feita pela atenção farmacêutica com o objetivo de reduzir um dos maiores problemas em nível mundial de saúde pública, o uso incorreto de medicamentos. Para tanto, surgem os Centros de Informação sobre Medicamentos (CIMs), com a disponibilidade de fontes de informação técnico-científicas sobre medicamentos que sejam confiáveis e atualizadas, de forma objetiva e oportuna, constituindo uma ótima estratégia para atender necessidades particulares de informação. Objetivos: Avaliar o papel do Centro de Informações sobre Medicamentos da Universidade Federal de Sergipe, Campus Lagarto (CIMUFS-LAG), frente à atenção farmacêutica e à promoção do Uso Racional de Medicamentos de forma multiestratégica, durante o período de outubro de 2017 a junho de 2019. Metodologia: Estudo descritivo, tipo relato de experiência, com abordagem exploratória, quali-quantitativa. Para levantamento dos dados, foi utilizado uma análise retrospectiva dos documentos presentes no arquivo do CIM. Para análise estatística, utilizou-se o Excel, a fim de organizar e interpretar dados. Resultados: No período análise, foram promovidas 107 informações passivas, 23 publicações de informações ativas (boletins e alertas voltados à profissionais de saúde), bem como 15 materiais de educação em saúde (voltados à comunidade). Além disso, foram realizadas 18 ações de extensão de educação em saúde, executando também 2 ações de rastreamento em saúde em territórios periféricos da cidade. Estagiários do CIMUFS-LAG participam ativamente da Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) do Hospital Universitário de Lagarto (HUL), Sergipe, e do Projeto Diálogos, da Secretaria Municipal de Saúde, com foco em pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Conclusão: O CIMUFS-LAG caracteriza-se, assim, como promotor multiestratégico da Atenção Farmacêutica e do URM, uma vez que promove diferentes atividades, de forma multi e interprofissional, e intersetorial, as quais geram benefícios (evitando iatrogenias), para indivíduos, famílias, comunidades (central e periféricas), trabalhadores e profissionais de saúde, e grupos de pacientes com doenças crônicas ou em situações especiais que requerem o uso de medicamentos de forma contínua, através da promoção do URM.
O presente estudo tem como objetivo descrever a elaboração de um guia prático sobre compatibilidade entre medicamentos administrados em Y. Trata-se de um estudo de caráter descritivo, do tipo relato de experiência, que foi desenvolvido no período de março a agosto de 2022 no Hospital Universitário de Lagarto (HUL), a partir do levantamento dos medicamentos endovenosos padronizados no hospital. Para a construção do instrumento foi realizada revisão bibliográfica narrativa e consultas a guias e manuais publicados por outras unidades hospitalares especializadas e bulas de medicamentos. Os medicamentos que possuíam incompatibilidades foram listados em um quadro, bem como foram sinalizados aqueles que não apresentaram informações de testes de compatibilidade. Após revisão criteriosa dos itens padronizados no HUL, foram selecionados 123 medicamentos para compor o guia de incompatibilidade em Y, por representarem aqueles com administração por via endovenosa. O guia foi estruturado tendo como base o modelo padrão dos materiais produzidos pelo Setor de Farmácia Hospitalar do HUL. Para os medicamentos com dados insuficientes na literatura, foram colocados no quadro do guia os avisos de poucos testes, não há testes, não são indicadas misturas com outros medicamentos ou não foram encontradas informações nas referências, conforme pertinente. Os medicamentos que tiveram mais dados na literatura sobre incompatibilidades foram a fenitoína e o diazepam. Com este trabalho, foi possível demonstrar a importância de pesquisas com foco em estratégias que minimizem os potenciais danos causados por incompatibilidade de medicamentos.
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