Na Doença de Ménière em fase inicial, pode ocorrer surdez flutuante predominante em baixas frequências e também alterações nas otoemissões acústicas (EOA) nas freqüências correspondentes àquelas da flutuação, que não são correlacionadas aos limiares auditivos encontrados na audiometria tonal. Estas alterações, experimentalmente, não estão relacionadas à perda de células ciliadas externas (CCE) no ápice coclear, sendo que suas causas ainda não são muito claras podendo ser atribuídas às alterações do micromecanismo hidrodinâmico e biomecânico coclear. Assim, as EOA mostraram, neste caso apresentado, alterações cocleares na Doença de Ménière compensada em fase inicial que ainda não são detectadas no audiometria tonal e exames convencionais, sendo portanto um exame que pode mostrar lesão precoce por alteração apenas do micromecanismo coclear.
Forma de estudo: clínico prospectivo randomizado. Material e método: no presente trabalho foram registradas respostas das curvas de crescimento nas freqüências de 1000, 2000, 4000 e 5000 Hertz com estímulo sonoro de 45 a 70 dB NPS em passos de 5 dB por ponto, sendo a proporção F2/F1 igual a 1.22. Foram avaliados 16 indivíduos audiologicamente normais (limiar < ou =20dB Na) na faixa etária de 18 a 25 anos. O equipamento utilizado para o teste foi o ILO 92 OTODYNAMIC Ltd. As respostas foram consideradas presentes quando se encontravam 3dB acima do ruído de fundo. Resultado: Não houve diferença estatisticamente significante com relação a idade, sexo e orelha direita/esquerda. A ocorrência das EOAPD foi de 100% nas freqüências de 2000, 4000, e 5000 Hertz e 84,37% na freqüência de 1000 Hertz quando a cóclea foi estimulada a 70 dB NPS. Conclusão: As curvas de crescimento apresentaram inclinação de aspecto linear sem "plateau", já o ruído de fundo manteve-se constante, apresentando pequena ascensão a partir do estímulo de 55 dB NPS.
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