Objective: Analyzing factors associated with urinary incontinence (UI) among women submitted to urodynamic testing. Method: A cross-sectional study of 150 women attended at a urological center. Data were analyzed using univariate and multivariate statistics. Results: White women (79.3%), overweight (45.3%), menopausal (53.3%), who drink coffee (82.7%), sedentary (65.3%), who had vaginal birth (51.4%), with episiotomy (80%), and who underwent the Kristeller maneuver (69%). 60.7% had Urethral Hypermobility (UH). A statistical association was found between: weight change and UH (p = 0.024); menopause, Intrinsic Sphincter Deficiency (ISD) and Detrusor Instability (DI) (p = 0.001); gynecological surgery, ISD and DI (p = 0.014); hysterectomy and all types of UI (p = 0.040); physical activity and mixed UI (p = 0.014). Conclusion: Interventions and guidance on preventing UI and strengthening pelvic muscles should be directed at women who present weight changes, who are sedentary menopausal women, and those who have undergone hysterectomy or other gynecological surgery. Studies on pelvic strengthening methods are needed in order to take into account the profile of the needs presented by women. Associated factors to urinary incontinence in women undergoing urodynamic testing* Fatores associados à incontinência urinária em mulheres submetidas ao exame urodinâmico Factores asociados con la incontinencia urinaria en mujeres sometidas al estudio urodinámico DESCRIPTORS
A Incontinência Urinária (IU) tem grande impacto na qualidade de vida da mulher, por ser um sintoma que causa desconforto, vergonha, perda da autoconfiança e limitações sociais. Pode aparecer em qualquer fase do ciclo vital da mulher: na infância e adolescência é comum que seja precedida de urgência miccional; no ciclo gravídico-puerperal é decorrente de alterações próprias da reprodução e acima dos 30 anos é mais associada ao esforço [1].Qualquer queixa de perda urinária é definida como IU pela International Continence Society (ICS), sendo subdividida em três subtipos: de esforço (IUE); de urgência (IUU) e mista (IUM) [2]. É muito importante o aprofundamento de estudos e pesquisas sobre a IU feminina, já que as mulheres acometidas se excluem do meio social na perspectiva de se autoproteger dos incômodos provocados pelas perdas urinárias diárias.Os fatores de risco relacionados à IU ainda não são bem definidos, sendo os mais citados: idade, raça, índice de massa corporal (IMC), mudança de peso, ocupação, hipertensão, uso de diurético, diabetes, doença neurológica, menopausa, ingestão de café, fumo, tosse frequente, constipação, histerectomia, perineoplastia, atividade física, paridade e tipo de parto [3].Mesmo com os prejuízos em sua qualidade de vida, a maioria das mulheres com IU reluta em procurar o diagnóstico e tratamento. Nas pacientes com queixa de IU, é recomendado que se especifiquem as circunstâncias, a frequência e a gravidade das perdas, incluindo-se na abordagem: anamnese, exame físico, questionários de qualidade de vida, diário miccional, teste do absorvente e o estudo urodinâmico (EUD) [4].Muitas mulheres com queixas de IU são encaminhadas para realização de EUD ou urodinâmica, com o propósito de reproduzir os sintomas urinários em condições controladas e mensuráveis, realizando o diagnóstico com dados objetivos, visando: detectar anormalidades e fazer a distinção entre os vários mecanismos fisiopatológicos que causam a IU; identificar fatores para a disfunção urinária; tentar predizer a repercussão dessas alterações sobre o trato urinário, além de confirmar os efeitos do tratamento e interpretar as razões de falha terapêutica [2]. Entretanto, este exame possui algumas peculiaridades que podem interferir no resultado: é um exame invasivo e constrangedor devido à cateterização vesical e retal; dificuldade do paciente de urinar na frente do examinador; infusão vesical de líquido que não é urina, temperatura do líquido infundido, ritmo de infusão acima do fisiológico, posicionamento do paciente e a cateterização vesical, constatando-se também disúria após o exame e possibilidade de infecção do trato urinário.Quem trabalha em unidade de urodinâmica ouve diversas queixas de mulheres de como a IU afetou sua vida, em especial: não poder passar férias na casa de parentes, não ter mais relações sexuais, não poder praticar esporte e até evitar beber água. Ficam vulneráveis também durante o exame urodinâmico, manifestando sentimentos de vergonha, de desconforto e até de dor.São necessárias pesquisas mais abrangentes sobre a prevalência e fatores de risco associados à IU, com vistas a obter dados que permitam ações de prevenção de agravos e intervenções de melhoria de qualidade de vida. A IU feminina constitui um amplo campo de investigação para pesquisadores de diferentes áreas profissionais em saúde, nos aspectos de diagnóstico, terapêutica e outras diretrizes e protocolos assistenciais multi e interprofissionais, que contribuam para a melhoria da qualidade de vida das mulheres afetadas.
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