OBJETIVO: Caracterizar, de acordo com o ano escolar e a rede de ensino, o desempenho ortográfico e de produção textual da escrita de escolares do Ensino Fundamental, com bom aproveitamento acadêmico, e investigar as relações entre essas variáveis. MÉTODOS: Participaram 160 crianças, entre 8 e 12 anos de idade, alunos do 4º ao 7º anos do Ensino Fundamental. Todos foram avaliados quanto à produção escrita, por meio de ditado de palavras e pseudopalavras e da escrita autônoma de texto narrativo. Computaram-se os erros ortográficos, os números de palavras, por classe gramatical, e os elementos de narrativa textual utilizados nas produções. RESULTADOS: Escolares da rede pública apresentaram mais erros no ditado de palavras e pseudopalavras, com melhora de desempenho com o avanço da escolaridade. No entanto, a ocorrência de enunciados completos e incompletos mostrou-se semelhante quando comparadas as redes de ensino. Escolares do 4º ano apresentaram mais enunciados incompletos que os demais. Quanto às produções de microestruturas e macroestruturas gerais, maior número destas foi apresentado pelos escolares da rede particular. As macroestruturas essenciais foram mais frequentes nos anos mais avançados. Quanto maior o número de palavras escritas na produção autônoma, maior a ocorrência das variáveis linguísticas e melhor a competência narrativa. Houve correlação negativa e fraca entre o número de palavras erradas e o total de eventos na produção textual. Foram observadas correlações positivas e negativas (de fracas a boas) entre diferentes variáveis ortográficas, linguísticas e de produção narrativa em ambas as redes. CONCLUSÃO: Os escolares da rede particular apresentam melhor desempenho ortográfico e narrativo que os da rede pública. A progressão da escolaridade influencia o desempenho nas tarefas de escrita de palavras e produção textual e as capacidades ortográficas influenciam a qualidade da produção textual. Diferentes habilidades de escrita como desempenho ortográfico e uso de elementos linguísticos e de estruturas narrativas influenciam-se mutuamente na produção escrita.
Objetivo: Avaliar a ocorrência de alterações do Processamento Auditivo Central em crianças com Transtorno de Aprendizagem. Métodos: Estudo descritivo, transversal, retrospectivo, realizado no ambulatório de Foniatria do setor de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza da Universidade Federal do Pará com 98 crianças escolarizadas de 5 a 12 anos com Transtorno de Aprendizagem, sem alterações neurológicas, cognitivas ou visuais e com exames audiométricos normais, que foram submetidas a testes comportamentais de Processamento Auditivo: Fala com Ruído Branco, Dicótico Não-Verbal, Reconhecimento de Sentenças com Mensagem Competitiva, Dicótico de Dígitos, Dicótico de Dissílabos Alternados (SSW - Staggered Spondaic Words para o português) e RGDT (Random Gap Detection Test). Resultados: 69,4% eram do sexo masculino e a faixa etária mais acometida foi a de 11-12 anos (39,8%). Todas as crianças tiveram pelo menos um dos testes de Processamento Auditivo alterado. Obtiveram resultados alterados significativamente nos testes: Dicótico Não Verbal (60,2% na atenção livre; 56,1% na atenção à direita e 58,2% na atenção à esquerda), Dicótico de Dígitos (62,2% em orelha direita e 75,5% em orelha esquerda), RGDT (68,4%), SSW quantitativo (63,3% em orelha direita e 64,3% em orelha esquerda) e qualitativo (efeito de ordem Baixo/Alto em 27,6%). Os resultados foram predominantemente normais nos testes: Fala com ruído (70,4%), Reconhecimento de Sentenças com Mensagem Competitiva (relação sinal/ruído 0db: 65,5% em orelha direita e 84,5% em orelha esquerda). Conclusão: Crianças com Transtorno de Aprendizagem apresentaram alterações no Processamento Auditivo, devendo ser mapeadas nestas habilidades para melhor compreensão e direcionamento de uma reabilitação individualizada.
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