O trabalho apresenta reflexões resultantes do atendimento emergencial em tempos de pandemia nas ações realizadas pelo grupo de Pesquisa Mediar vinculado à UNIOESTE, sobre a formação de professores inicial e continuada articuladas especialmente das relações sobre a atuação docente, o ensino remoto. Ancorada nos estudos de Cunha, Vygotsky e Guedes-Pinto, tomamos como possibilidade ofertar os projetos de extensão remotos e a partir deles construir grupos focais. Os encontros remotos são reconhecidos, nesse texto, como ações que contemplam a formação inicial e continuada dos professores. Como resultados apontamos: o papel da escrita, mediação, reconfiguração do tempo e espaço, professoralidade, o protagonismo, articulação da formação inicial com a formação continuada e aprendizagem significativa, nas escolhas e discursos dos participantes nos projetos desenvolvidos.
Este artigo apresenta um recorte da pesquisa realizada para tese de doutorado onde discuto as influências dos organismos internacionais nas políticas desenvolvidas no sistema educacional brasileiro e no estado do Paraná, em específico, o desenvolvimento do sistema de avaliação em larga escala. Objetiva-se compreender como as políticas de âmbito federal são incorporadas, adaptadas e aprimoradas em âmbito estadual refletindo na operacionalização do sistema educacional e criação do sistema próprio de avaliação em larga escala. O percurso metodológico da pesquisa foi pesquisa qualitativa, incluiu analise de documentes e pesquisa bibliográfica. Como resultado da pesquisa fica evidente que influencia dos Organizamos Internacionais resultou na implementação de políticas compensatórios, que seguem princípios como gerencialismo, performatividade e produtividade no contexto educacional no Estado do Paraná.
Este artigo apresenta os documentos e programas federais sobre a alfabetização no Brasil entre 2019 e 2021. Objetiva-se refletir sobre do novo Programa Governamental o ABC contextualizando suas rupturas e descontinuidades. A especificidade do tema recai sobre as novas relações colonialistas a partir do olhar do modo de produção do conhecimento sobre alfabetização ou sua negação. Adotam-se os preceitos teóricos da alfabetização discursiva e as contribuições de Soares, Mortatti, e a dimensão epistemológica de Santos. Os resultados apontam os aspectos contraditórios de um programa que se autonomeia “baseado na ciência”, mas que nega a produção científica nacional sobre a alfabetização.
Este artigo sintetiza o relato de mães professoras de filhos celíacos e alérgicos a ovo na busca incansável de ensinar-lhes a ler o mundo, o invisível, os rótulos. Retrata quando ler passa a ser um processo natural e ao mesmo tempo uma questão de sobrevivência. Ler rótulos mostrou-se mais difícil quando o que está em jogo é a vida, a saúde e a cidadania. Não apenas ler o que estava pronto, mas o oculto. Foi necessário produzir uma escrita equilibrista: cartas a professoras, escolas, receitas de substituição, escrever nas redes sociais, produzir cartilhas orientadoras, produzir escritas para uma campanha nacional de Põe no Rótulo, produzir abaixo-assinados nacionais, escrever textos para as consultas públicas da ANVISA, auxiliar na escrita de Resolução técnica, de legislação nacional e de materiais para a formação dos profissionais da saúde e da educação, e produzir literatura infantil. Uma escrita equilibrista que negociasse o que tínhamos e o que queríamos, “malabaristicamente manejadas em meio a adversidades”. Nosso objetivo é narrar como nossos filhos conseguiram ler o mundo e os rótulos. Pois, a legislação da rotulagem brasileira não tinha obrigação de incluir no rótulo aviso aos alérgicos até 2015. Essa conquista é fruto de uma luta coletiva de cada uma de nós contribuindo e escrevendo um pouco e em um ritual na crença de que “Abriremos espaço à esperança equilibrista que dança nesse fim de tarde em chamas”, pois significa apenas que a vida e todas as suas particularidades, mesmo na adversidade “tem que continuar”.
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