As modificações nos padrões alimentares associados à redução de atividades físicas e as transformações demográficas apresentam relação direta com o aumento constante no índice de doenças crônicas, das quais a Doença Renal Crônica se destaca com importante incidência mundial. No Brasil, essa doença tem aumentado consideravelmente e estima-se que haja, por ano, 42.500 novos casos de portadores, com tendências para aumentar. Devido o aumento no número de pacientes em diálise e do contato frequente desses com profissionais de saúde, faz-se necessário a humanização desse processo, proporcionando o acolhimento do paciente e seus familiares, através de ações de promoção de saúde aliadas à construção coletiva em rede com equipes multiprofissionais. Objetivo: realizar uma revisão de literatura sobre a importância da humanização da enfermagem junto ao paciente em tratamento de hemodiálise, demonstrando a importância do acolhimento junto ao portador de doença renal. Métodos: revisão de literatura qualitativa, no qual foram analisados trabalhos em português e inglês, inseridos nas bases bibliográficas de dados internacionais PubMed e Science Direct, e nacionais BVS, Scielo e LILACS, com data de publicação dos artigos utilizados priorizados nos últimos dez últimos anos. Resultado: Pacientes hemodialíticos requerem humanização do atendimento de enfermagem para promover o bem-estar e o prolongamento da sobrevida com qualidade, além da contribuição para uma rotina agradável durante o tratamento. Conclusão: Um paciente portador de doença renal crônica em tratamento dialítico necessita de cuidado humanizado, proporcionado por profissionais através da relação interpessoal entre paciente e equipe, dando enfoque no respeito, atenção, paciência e cuidados especializados.

No abstract

OBJETIVO: descrever as características sociodemográficas e clínicas dos pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) em terapia hemodialítica e analisar a dor na aplicação da técnica de Buttonhole. MÉTODO: estudo descritivo quantitativo, realizado em um serviço de nefrologia privado, utilizando uma entrevista semiestruturada para a caracterização sociodemográfica de saúde e autopercepção de saúde em relação à DRC, tratamento hemodialítico e técnica de Buttonhole, com amostra selecionada por conveniência. RESULTADOS: a média de idade dos 26 participantes do estudo era 60 anos (±13,5), predominando o sexo masculino (73,1%). Com relação às doenças prévias, 84,6% tinha hipertensão arterial e 38,5% diabetes. Quanto à avaliação do estado de saúde, 54,4% referiam boa ou muito boa, entretanto, 69,2% e 65,4% referiam como pior ou muito pior quando equiparado com pessoas da mesma faixa etária e em relação ao ano anterior, respectivamente. Entre os participantes, 23 (88,5%) possuíam fístula arteriovenosa e, dentre estes, 9 (39,1%) foram submetidos a técnica de Buttonhole e 55,6% apresentaram escore para dor relacionada à punção da FAV de até 2. CONCLUSÃO: este estudo apresentou amostra prevalentemente masculina, hipertensa e diabética. Os pacientes submetidos à técnica de Buttonhole apresentaram escore de até 2 para dor na punção, demonstrando que a implementação da técnica nesta população pode contribuir para melhorias no tratamento.

Agradecimentos: Aos pacientes do Hospital das Clínicas-Unicamp, a nossa eterna gratidão, e motivo pelo qual buscamos com empenho aperfeiçoar nossos conhecimentos, para aprimorar a assistência prestada.