O presente artigo tem por objetivo o estudo das estratégias de cristianização atribuídas aos monges eremitas que teriam vivido no reino visigodo durante o século VII. Especificamente, analisamos a auto-hagiografia de Valério do Bierzo a partir das alusões às ações que visavam à expansão e à normalização do cristianismo, bem como à educação de religiosos e leigos. Nesse sentido, entendemos que o autor construiu suas narrativas com o intuito de promover um comportamento monástico considerado ideal. Acreditamos, pois, que a defesa da atuação cristianizadora foi combinada ao preceito de isolamento ascético, defendido por Valério, mas sem que tal associação descaracterizasse o seu estado de renúncia mundana, o qual estava pautado no afastamento dos laços sociais, econômicos e políticos.
Resumo: Tendo como referência o discurso hagiográfico veiculado na Vita Sancti Amandi, o presente artigo tem por objetivo analisar as alusões à atividade cristianizadora do monge-bispoperegrino Amando de Maastricht. Para tal, dividimos a abordagem em duas partes centrais: na primeira, ressaltamos a relação do monacato irlandês com o processo de multiplicação e expansão das diversas formas de vida monástica, com especial atenção para uma de suas expressões: a Peregrinatio pro Christo. Na segunda, passamos à análise do texto hagiográfico buscando compreender a atividade cristianizadora atribuída a Amando de Maastricht por seu hagiógrafo. Neste processo, ressaltamos cinco modalidades de atuação: pregação a cristãos; pregação a não cristãos, "pagãos" e "supersticiosos"; libertação, conversão e treinamento de cativos para atividade missionária; realização de milagres de cura e conversão das testemunhas, e construção de mosteiros e igrejas. Palavras-chave: Cristianização, peregrinação, Amando de Maastricht The activity of Christianization by Amandus of Maastricht
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